Audiência debate tratamentos a pacientes com malformações congênitas e fissura labiopalatina

Deputada Juliana Cardoso presidiu audiência. Foto: Thiago Coelho

Fruto de requerimento de autoria da deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu nessa terça-feira (17), audiência pública para discutir a situação dos pacientes que sofrem com malformações congênitas e fissura labiopalatina.

O evento reuniu especialistas e representantes da sociedade civil ligadas ao tema, visando aprofundar o debate e cobrar por soluções para um problema que afeta milhares de pessoas no Brasil.

Entre os participantes, estiveram presentes Sabrina da Luz, fonoaudióloga e representante da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina, Helena Barros, advogada da Associação dos Fissurados Lábio Palatais de Sorocaba e Região (AFISSORE), Jeniffer Dutka, pesquisadora e professora da Faculdade de Odontologia de Bauru, Thyago Cezar, vice-presidente da Rede Nacional de Associação de Pais e Pessoas com Fissura Labiopalatina (REDE PROFIS), e Emanuela Barros, presidente da AFISSORE.

Além disso, Arthur de Almeida Medeiros, coordenador-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, trouxe uma perspectiva governamental para a discussão.

Incidência e desafio

Uma das questões centrais abordadas durante a audiência é que a fissura labiopalatina afeta 1 a cada 650 dos nascidos vivos no Brasil, constituindo um desafio significativo para a saúde pública. Na América Latina, esse problema corresponde entre 10% a 25% das admissões hospitalares pediátricas, sendo a terceira causa de morte no primeiro ano de vida e a quarta causa de mortes perinatais.

“A nossa paciente mais antiga, quando nasceu o hospital não sabia cuidar, não deixava a mãe ver e nem amamentar, a mãe muito assustada roubou a bebê do hospital e levou ela pra casa, tirou o leite limpou o vidro de novalgina colocou o leite e conseguiu amamentar na AFISSORE”, relatou Emanuela Barros.

O tratamento adequado das malformações congênitas e fissura labiopalatina requer uma abordagem multidisciplinar. A equipe de profissionais especializados deve incluir médicos pediatras, otorrinolaringologistas, cirurgiões plásticos, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos, geneticistas, radiologistas e protéticos.

Reabilitação

A deputada Juliana Cardoso reforçou que o objetivo é proporcionar uma reabilitação abrangente, envolvendo aspectos morfológicos, funcionais e psicossociais. Somente por meio dessa abordagem colaborativa é possível garantir o melhor atendimento e qualidade de vida para os pacientes afetados.

“Quando conheci a Emanuella e a Helena, elas me apresentaram essa dificuldade que o Sistema Único de Saúde tem para enfrentar e o porquê muitas vezes não ter portas abertas para continuar esse tratamento. Aqui assumimos o compromisso de apoiá-las e avançar com essa luta”, declarou a deputada.

A audiência pública reforçou a importância de maior atenção às malformações congênitas e fissura labiopalatina, bem como a necessidade de investimentos em políticas públicas de saúde que promovam o acesso a tratamentos especializados e de qualidade.

O debate contribuiu como um passo importante para conscientizar a sociedade sobre essas condições e promover ações concretas para melhorar a vida das pessoas afetadas por essas malformações.

 

Assessoria de Comunicação deputada Juliana Cardoso

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