O deputado Leo de Brito (PT-AC) condenou a decisão do Conselho de Ética da Câmara que decidiu, nesta terça-feira (22), por 12 votos a 5, punir com advertência verbal o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) por ter destruído uma placa da exposição ‘história negra brasileira’, em novembro de 2019. A exposição era alusiva ao dia 19 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra.
“É um absurdo que um deputado faça o que fez – que nunca antes houve um tamanho ato de vandalismo e de insulto à população brasileira – seja dado a ele uma punição de apenas censura verbal”, criticou Leo de Brito.
Para o deputado, a punição de censura verbal não é proporcional a esse ato, porque segundo ele, o que o Coronel Tadeu fez saiu dos limites das normas de boa conduta da Câmara dos Deputados para atingir o povo brasileiro. “Um deputado eleito, um dos 513 deputados afrontou o povo brasileiro, não só a população negra”, argumentou Leo de Brito.
À época, o Partido dos Trabalhadores entrou com uma representação junto ao colegiado, solicitando que Tadeu deveria perder o mandato de deputado federal por quebra de decoro parlamentar.
“Os fatos que foram narrados pelo Partido dos Trabalhadores na representação são gravíssimos. Nós reconhecemos a gravidade dos fatos. Isso é reconhecido também, porque o próprio relator estabelece uma punição acerca do ato”, ponderou o deputado acreano.
Os fatos a que se refere Leo de Brito relacionam à quebra de uma placa da exposição que denunciava o genocídio da população negra por policiais. A placa destruída continha um texto mostrando que negros são as principais vítimas de ações letais das polícias, e também uma charge do cartunista Carlos Latuff retratando um jovem negro algemado e um policial armado.
“A decisão tomada pelo Conselho de Ética, na verdade, incentiva a impunidade e incentiva esse tipo de ação de parlamentares, lamentou Leo de Brito
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Benildes Rodrigues com informações da Agência Câmara