Assassinato de Irmã Dorothy é lembrado em plenário por deputados petistas

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara se revezaram na tribuna do Congresso Nacional nesta quarta-feira (12) para relembrar os 15 anos do assassinato da Irmã Dorothy Stang. Emocionado, o deputado Airton Faleiro (PT-PA) afirmou que são 15 anos de saudades da querida Irmã Dorothy, que foi brutalmente “assassinada pelo capital extremista, que não aceitou que os camponeses pobres do Brasil que chegavam à Transamazônica tivessem direito a um pedaço de terra”. Ele reforçou que Dorothy foi assassinada por aqueles que não aceitaram o projeto de desenvolvimento sustentável da Amazônia, preservando a floresta.

“Eu fui amigo pessoal da Dorothy, dei a ela o título de Cidadã Paraense quando deputado estadual. Dorothy continua muito viva na mente do povo do Pará, do povo do Brasil, do povo da Amazônia”, relatou. Airton Faleiro contou ainda que visita várias propriedades no seu estado e vê os agricultores com as suas plantações de cacau, com a sua alimentação e com a floresta em pé. “Então, mataram a Dorothy, mas as ideias da defensora da natureza, da vida, continuam vivas”, enfatizou.

E o deputado Beto Faro (PT-PA) disse que gostaria, no dia de hoje, homenagear os lutadores da reforma agrária, os trabalhadores rurais do estado do Pará, em nome da Irmã Dorothy, “minha amiga, que lutou em defesa dos agricultores daquela região da Transamazônica, ali no município de Anapu, e que há 15 anos foi assassinada”.

Beto Faro lamentou também o fato de até hoje várias pessoas que tiveram responsabilidade com aquele crime não terem sido punidas. “Parte delas está pagando por aquilo, mas outras não estão pagando. E, mais do que isso, hoje nós vivemos uma situação de assassinato da política de reforma agrária do nosso País. O Incra daquela região não existe, não tem recursos, assim como no Brasil inteiro. Nós saímos de quase R$ 1 bilhão para desapropriações de áreas para menos de R$ 15 milhões”, denunciou.

Impunidade

O coordenador do Núcleo Agrário do PT, deputado João Daniel (SE) também reforçou que a Irmã Dorothy foi uma grande lutadora na defesa da vida, da natureza e da terra. “Todos conheceram a história, e o mundo inteiro conheceu. E nós que lutamos e acreditamos numa sociedade sem impunidade não nos calaremos e lutaremos e enquanto não houver a punição dos assassinos e dos mandantes desse crime. Portanto, Irmã Dorothy, 15 anos de luta, de história, está presente na luta do povo brasileiro”, afirmou.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) relembrou que Irmã Dorothy sempre lutou pela reforma agrária. “Nesses 15 anos, nós lutamos para que os responsáveis pelo assassinato possam cumprir na Justiça e pagar por aquilo que fizeram. Mas, hoje o que nós estamos vendo é o retrocesso do processo da reforma agrária. Faço esse registro dos 15 anos do assassinato de Irmã Dorothy para que isso não volte a se repetir em nosso País”.

Vânia Rodrigues

 

 

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