Áreas indígenas na região de Belo Monte serão vigiadas por satélite

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O Plano de Proteção Territorial Indígena para a região da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, contará com a tecnologia do sensoriamento remoto (alimentado por imagens obtidas por meio da tecnologia dos satélites orbitais) para monitorar o uso do solo e flagrar possíveis crimes ambientais.

O investimento de R$ 27 milhões da Norte Energia faz parte do Plano de Proteção Territorial Indígena para a região do empreendimento. O plano foi pactuado entre a empresa e a Fundação Nacional do Índio (Funai) em um termo de cooperação vinculado à Licença de Operação concedida ao empreendimento pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

O monitoramento funcionará com base em Sistemas de Informações Geográficas (SIG). O sensoriamento remoto significa observar o planeta usando sensores de observação muito acima do solo. Esses sensores podem ser câmeras que “enxergam” não somente a luz visível, mas também a radiação em outros comprimentos de onda como o infravermelho e as micro-ondas, por exemplo, podendo captar informações mesmo em áreas encobertas por nuvens.

O sistema contará com imagens de 40, 30, 15, 10 e 5 metros de resolução a partir do solo, uma vez que serão utilizados quatro satélites no projeto. A vantagem está na capacidade de monitoramento de uma área de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros quadrados, com revisitas a cada 16 dias, em média.

A metodologia estabelecida é inovadora e utilizará três fontes distintas de imagens (quatro satélites, sendo dois deles idênticos). Os métodos e algoritmos desenvolvidos e estabelecidos também são inéditos e inovadores, tendo em vista que foram pensados exclusivamente para este projeto.

O acordo entre Norte Energia e Funai inclui ainda a construção de mais uma base e dois postos de vigilância, totalizando 11 Unidades de Proteção Territorial, somando-se às oito que já estão sendo erguidas e equipadas pela empresa. O plano também prevê a contratação de 72 profissionais que farão o monitoramento e a vigilância nesses prédios sob supervisão do órgão indigenista. Os agentes serão treinados pela Funai. Todas as frentes do plano serão postas em prática no início de 2016.

Portal Linha Direta 

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