Na última década, a Lei de Cotas foi responsável por alterar profundamente a cara da universidade brasileira. As cotas não só ampliaram a presença de negros e negras, estudantes de baixa renda, indígenas e pessoas com deficiência no ensino superior público como o rendimento acadêmico dos cotistas se provou equivalente ao dos demais estudantes.
Para a deputada federal Dandara (PT-MG), as diferenças socioeconômicas que separam cotistas dos demais estudantes permaneceram e um dos caminhos para superar este limite era justamente garantir prioridade aos cotistas às políticas de assistência estudantil.
“Conquistamos essa e tantas outras medidas com a Nova Lei de Cotas. A partir dos próximos processos seletivos teremos o ingresso de mais estudantes de baixa renda com a redução da renda familiar per capita para 1 salário mínimo”, disse. Segundo ela, “serão 9 mil a mais de nós na universidade com a criação de um modelo único de ingresso, através da ampla concorrência, e teremos cotas para estudantes quilombolas, pela primeira vez, e para estudantes da pós-graduação garantidas por lei”.
Movimento negro
Foram meses de muita articulação e luta coletiva. “O movimento negro brasileiro me deu régua e compasso para travar essa batalha, que foi coroada com a sanção pelo presidente Lula usando a caneta de Xangô, o orixá da justiça e da equidade. Agora, a universidade pública e os institutos federais vão ficar mais diversos e plurais. Terá mais gente preta, parda, indígena, com deficiência, pobre e periférica e quilombola. Um avanço no combate à desigualdade social, ao racismo e ao capacitismo”, comemora a deputada Dandara.
A deputada lembra, com emoção, que foi a primeira da família a ter um diploma na mão, e não será a última. “Seguirei lutando para que a educação não seja privilégio de poucos, e sim um direito do povo”, afirma.
Assessoria de Comunicação deputada Dandara