À véspera da apreciação, pelo plenário da Câmara, da solicitação para instauração de processo contra o presidente Michel Temer (PMDB), o deputado Raimundo Angelim (PT-AC), voltou a afirmar que a grave crise política pela qual passa o Brasil atualmente só será superada com novas eleições. O parlamentar defendeu um pacto entre o Parlamento e a sociedade civil para que o país saia da estagnação econômica que se encontra e volte a crescer e gerar postos de trabalho e renda.
“Lideranças de todos os partidos, dos movimentos sociais, da classe empresarial e da classe trabalhadora devem fazer um pacto em favor do Brasil, um pacto em favor das pessoas, para que possamos buscar saídas para crise e para que o país volte a crescer, gerando oportunidades de trabalho e renda para todos. Já é tempo de apresentarmos uma agenda positiva para o povo brasileiro, para que voltemos à normalidade, com o setor produtivo gerando emprego, gerando renda, gerando riqueza para o Brasil.”, ressaltou.
Angelim reafirmou que a solicitação para instauração de processo contra Temer, que vai ao plenário da Câmara nesta quarta-feira (2), irá votar a favor da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o presidente de praticar crime de corrupção passiva.
“Como podemos aceitar um governo que, em nome de uma improvável recuperação econômica, congela programas sociais por 20 anos, subtrai direitos duramente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras? Como aceitar a continuidade de uma política econômica que só faz aumentar o desemprego, reduz o nível da atividade econômica, enquanto o sistema financeiro e as grandes corporações continuam sendo grandemente beneficiados”, disse o parlamentar. Espero que o Congresso Nacional tenha a coragem de afastar Temer da Presidência da República e o bom senso para encaminhar a solução desta grave crise nos marcos da democracia e do Estado de Direito”, asseverou.
O deputado petista repudiou ainda o fato de que, para se manter no poder, Temer tem promovido um verdadeiro ‘festival de ilicitudes’. “O jogo é duro. A pressão nos parlamentares está sendo grande demais. No nível de chamar o deputado e perguntar do que ele precisa. Se o problema for emenda, libera. Muitas negociatas. A mobilização está enorme. Se vota contrário é exonerado na hora”, falou.
(AP)