A Câmara dos Deputados promove, no dia 18, uma audiência pública para traçar um diagnóstico da estrutura do país para o combate ao câncer de mama. O evento, que faz parte das ações do Outubro Rosa, foi proposto pela deputada Ana Perugini (PT-SP) e aprovado na quarta-feira (4), durante reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com apoio das deputadas Erika Kokay (PT-DF), Conceição Sampaio (PP-AM) e Dâmina Pereira (PSL-MG).
A audiência pública “Avanços no enfrentamento ao câncer de mama no Brasil: promoção à saúde, prevenção, detecção e disponibilidade de tratamento” será realizada em conjunto com Secretaria da Mulher e reunirá representantes do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), da Federação das Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), da Defensoria Pública da União e do Coletivo de Mulher com Deficiência do Distrito Federal. Os nomes dos participantes ainda não foram confirmados.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e o segundo com maior incidência no Brasil, atrás apenas no melanoma.
Além de aferir as condições do Sistema Único de Saúde (SUS) para o combate, a audiência vai enfatizar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, inclusive para os homens, que também podem ser acometidos pela doença.
“Quando diagnosticado nas fases iniciais, aumentam as chances de tratamento e cura tanto em mulheres quanto em homens, por isso é tão importante debater o câncer de mama no Brasil, com discussão sobre a promoção à saúde, a prevenção, a detecção e o tratamento da doença, principalmente considerando as mulheres com deficiência”, afirmou Ana Perugini, que é coordenadora-geral da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres.
Ana também chama a atenção para a necessidade de a rede pública ser adaptada para o atendimento de pessoas com deficiência. “O exame é realizado com as mulheres em pé. No entanto, paraplégicas, tetraplégicas e anãs têm dificuldade para fazer o exame e, quando precisam fazer uma ecografia mamária, precisam se deslocar da cadeira de rodas para a maca”, explicou a parlamentar, lembrando que há oito milhões de brasileiras com deficiência física, no país.
(AP)