Ana Perugini conclama população a discutir qualidade do ensino e defende recursos do pré-sal para a educação

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A deputada Ana Perugini (PT-SP), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Implantação do Plano Nacional de Educação (PNE), em São Paulo, conclamou a população paulista a sair às ruas para discutir a necessidade da melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas escolas públicas. O chamado foi feito no sábado (25), em Campinas, durante ato público em comemoração aos dois anos da lei federal 13.005/2014, que instituiu as 20 metas a serem alcançadas para que o ensino seja universalizado no país, até 2024.

O evento reuniu professores, embaixadores do Movimento Popular +PNE, lançado pela parlamentar para popularizar as diretrizes do plano em São Paulo, jornalistas, contadoras de histórias e representantes do terceiro setor.

“Nos dois anos do Plano Nacional de Educação, precisamos dizer: retrocesso na educação, jamais; retrocesso na democracia, jamais. Temos de ir às ruas e lutar por uma educação pautada em valores novos, para que possamos transformar em realidade nosso sonho, de ter uma escola pública de qualidade, com professores valorizados e alunos educados para a cidadania”, afirmou Ana Perugini.

Mas, segundo a deputada, para que o PNE seja integralmente implantado nos próximos oito anos, é preciso assegurar que os recursos do pré-sal sejam investidos em educação. “Esse dinheiro do petróleo precisa ser destinado à educação e à saúde. A destinação foi garantida pelo governo Lula, mas hoje está em xeque”, explicou Ana, que integra a Comissão de Educação da Câmara Federal. “Se há algo que possa nos levar ao retrocesso, é falhar com o Plano Nacional de Educação.”

Para o jornalista e ambientalista José Pedro Soares Martins, diretor da Agência Social de Notícias, de Campinas, o plano é “uma grande oportunidade para transformar a educação no Brasil”. Martins concordou com a deputada sobre a necessidade de as pessoas saírem às ruas para discutir “a escola que temos e a que queremos”. “A imprensa pouco falou do Plano Nacional de Educação. A mídia só vai dar atenção ao Plano Nacional de Educação quando a sociedade se apoderar do tema. Daí a importância de atos como esse”, comentou o jornalista, que também é consultor na área educacional.

Capacitados pelo mandato da deputada federal Ana Perugini para popularizar as 20 metas em suas cidades, embaixadores do Plano Nacional de Educação elogiaram a iniciativa da parlamentar. “É importante termos essa oportunidade de ocupar uma praça para discutir o futuro da educação nos municípios e, consequentemente, no país”, avaliou Miro Aparecido, de Campinas. “O PNE é resultado de muita luta de educadores, alunos e de deputados como a Ana. Por isso, hoje é um dia de muita alegria e de conscientização”, definiu Érika Maria, de Monte Mor. “O Movimento Popular +PNE populariza e democratiza um assunto que não é só de domínio de especialistas. É nosso!”, comentou Valmir Paze, de Sumaré.

Conselheira da Subsede Campinas da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a professora Solange Pozzuto enfatizou a importância dos planos municipais de educação, que são fundamentais para que as diretrizes do plano nacional cheguem a cada cidadão. A educadora destacou a luta do sindicato na cidade, onde a questão de gênero foi excluída da discussão municipal. “Ainda tem muito machismo e homofobia na sociedade. E nós sabemos que isso estimula a intolerância”, disse Solange.

Além da igualdade de gênero, a história do povo africano no Brasil não pode ficar fora do currículo escolar. O alerta foi dado pelo professor Aldacir Souza. Segundo ele, em boa parte do país, a lei 10.639/2003 – que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares – não é cumprida. “Eu não sou descendente de escravos. Eu sou descendente de nobres, que foram escravizados. Nós queremos respeito enquanto afro-brasileiros. E esse respeito se dá por meio da educação, na base escolar”, frisou Souza.

A contadora de histórias Fátima Bié, responsável pelo momento mais emocionante do ato, recorreu ao poema “Um sonho”, do escritor Sérgio Vaz, para dizer que a implantação do Plano Nacional de Educação é um sonho possível. “Cumprir as 20 metas é abraçar todos esses meninos que perambulam pelas ruas. É impedir que eles sejam assassinados. Se isso é um sonho, nós vamos compartilhar esse sonho e multiplicá-lo, pois lugar de criança é na escola”, declamou Fátima.

Assessoria Parlamentar

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