Ameaça de remoção de comunidade levará comissão ao Rio de Janeiro para debater Horto Florestal

 zezeu-edsonsantos-031013

A Comissão de Desenvolvimento Urbano realizará audiência pública no Rio de Janeiro  para discutir a ameaça de remoção da comunidade do Horto Florestal, que há mais de 200 anos está localizada em área próxima ao que hoje é o Jardim Botânico. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (2), após audiência realizada na Casa por solicitação dos deputados petistas Edson Santos (RJ), Paulo Ferreira (RS) e Zezéu Ribeiro (BA).

Os deputados decidiram ainda que formarão uma subcomissão para acompanhar os debates com o governo federal sobre a questão. Projeto elaborado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encomendado pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), garantia a expansão das áreas de pesquisa do Instituto Parque do Jardim Botânico com o remanejamento de algumas famílias  em locais dentro do próprio horto. Mas uma comissão formada por membros do governo federal e local, sem a participação da comunidade, definiu que das 621 famílias, 520 terão que ser removidas do local.

Segundo o deputado Edson Santos, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, patrimônio de todos os cariocas, está sendo usado como palco para uma sórdida campanha contra a bicentenária comunidade do Horto Florestal. “Pautada por preconceitos e impulsionada pela pressão imobiliária, volta a ganhar corpo a ideia de que a comunidade é o espaço da pobreza e que é preciso separá-la da sociedade. E assim, o grupo que apoia a tese se traveste de uma falsa defesa do meio ambiente para alcançar seus objetivos”, criticou. Para ele, não será demérito nenhum para o governo reconhecer seu equívoco e rediscutir a questão.

Para o deputado Zezéu Ribeiro, o que está em discussão não é apenas o direito dos moradores do horto florestal, mas o direito dos cidadãos de manterem seus laços históricos, culturais e de vizinhança, ou seja, o direito à cidade e à defesa da função social da propriedade.

Na audiência a historiadora Laura Olivieri, que desenvolveu tese de doutorado sobre o Horto e acompanha a comunidade há mais de dez anos, questionou os supostos “limites históricos” apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente. “É preciso que se chamem geólogos e historiadores para compor a equipe de decisão do perímetro do Jardim Botânico, porque o limite histórico nunca foi o que se compõe atualmente”, afirma ela, que lembrou que a região do Horto tem histórico de ocupação centenário e até mesmo sítios arqueológicos provam a presença humana no local desde o século 17.

Para a presidente da Associação de Moradores do Horto (AMAHOR), Emília Maria de Souza, a  comunidade não vai aceitar a remoção e o desrespeito à sua história. “Sabemos perfeitamente que existem leis que nos beneficiam. Nós temos direito à moradia nesta terra. Se a gente aceitar, legitimando esta decisão, quem vai sair ganhando não é o Jardim Botânico. Mas a elite que está aí ansiosa por ocupar o espaço em que hoje nós vivemos”, alertou.

Assessoria Parlamentar com informações do site do deputado Edson Santos

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo