A Câmara dos Deputados viveu um momento cultural histórico nesta segunda-feira (19). Partiu do deputado, Airton Faleiro (PT-PA), a iniciativa de promover a sessão solene em homenagem às manifestações culturais da região Oeste do Pará com danças, músicas e encenações como as apresentações dos Botos Cor de Rosa e Tucuxi de Alter do Chão, e as Tribos Munduruku e Muirapinima. O deputado paraense e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que também preside a Comissão de Cultura, foram os idealizadores da audiência pública realizada pela Comissão que promoveu o lançamento do Festival Internacional de Cinema de Alter do Chão que ocorre de 21 a 27 de outubro no Pará.
Para o deputado paraense, a sessão solene e a audiência pública consolidam a etapa que segundo ele, é a nacionalização do Festival de Cinema de Alter do Chão, que já conta com mais de mil e novecentos filmes inscritos. “É uma oportunidade de misturar um pouco essa riqueza cultural. Vamos ter danças e apresentações como tivemos aqui na Câmara dos Deputados, dos Botos Cor de Rosa e Tucuxi, Festival das Tribos, Carnaval de Óbidos que é muito famoso na região, a Feira Internacional de Livros, em Altamira, e muitas expressões culturais que temos na região”, destacou Faleiro.
Economia limpa
A importância dessas manifestações culturais para a economia da região também foi lembrada pelo parlamentar. Para ele, o festival de cinema e os eventos culturais fomentam uma economia limpa. “Para a Amazônia é muito importante isso, nesse momento que a região vive de ameaças de desmatamento, de ataques aos povos da Amazônia e à flexibilização das leis ambientais. Nós vamos aproveitar esse momento para trazer as narrativas e os pensamentos dos povos da Amazônia, e fomentar o turismo, a gastronomia, a rede hoteleira, a venda dos produtos artesanais, criando cada vez mais oportunidade de geração de emprego, renda e negócio a partir da economia cultural. Isso é muito importante”, observou.
O diretor do Festival Internacional de Alter do Chão, Locca Faria, destacou a importância do festival. “A história do povo da Amazônia será contada pelo próprio povo. Vamos mostrar os matizes culturais e as riquezas que existem no Amazonas. Os brasileiros não conhecem a Amazônia. É importante mostrar a Amazônia ao Brasil”, afirmou o diretor, ao adiantar que são esperadas cerca de 50 mil pessoas durante os 7 dias de festival.
Na opinião da deputada Benedita da Silva, o que a Câmara presenciou nesta segunda-feira não foi apenas uma apresentação cultural. “A sessão solene e a audiência pública trouxeram para esta Casa, algumas manifestações culturais que talvez a maioria do povo brasileiro não conhece. O que vimos foi emocionante, lindo, fantástico que todos os governantes deveriam ver. O que vimos não foi apenas uma apresentação cultural, mas identidade. Isso é muito forte”, salientou a deputada.
Benildes Rodrigues