O deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou esta semana, durante pronunciamento no plenário da Câmara, que a pressa para implementar ações que retiram direitos dos trabalhadores ou que atentam contra a soberania nacional demonstra a dúvida que o governo ilegítimo de Michel Temer tem sobre a sua viabilidade futura. Segundo o parlamentar, a decadência diária do governo explica a apresentação de propostas como a entrega da Petrobras à exploração de companhias estrangeiras, a reforma da previdência, os ataques aos direitos trabalhistas e até mesmo o ressurgimento dos planos de saúde sem garantia de atendimento.
“Está difícil acompanhar a queda acelerada na governabilidade que os golpistas estão tendo. Já me disseram aqui nesta Casa que um ano é suficiente para aprovar todas as maldades que eles precisam aprovar, como entregar a Petrobras, acabar com a Previdência, acabar com os direitos trabalhistas, vender planos de saúde que não entregam o que é contratado. Tenho certeza de que a maioria dos parlamentares, apesar de trair a Dilma, não irá trair o povo a ponto de aprovar propostas como essas”, avalia Solla.
O petista disse ainda que o governo ilegítimo vem encontrando dificuldades em pagar a conta dos setores políticos e econômicos que apoiaram o impeachment da presidenta Dilma. “Ofereceram bonificações de cargos, apoio na campanha de prefeito e ofereceram blindagem. Vários deputados votaram aqui pelo impeachment em um acordo para serem protegidos na Justiça. Até isso o governo golpista não está conseguindo entregar”, explicou.
Solla disse ainda que o governo ilegítimo não consegue mais nem mesmo cumprir o compromisso com a elite econômica do País, incluindo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), “que financiou o golpe”, e com a Rede Globo, “que divulgou e preparou” o processo de impeachment golpista.
“Esses compromissos são tão danosos à população que nem a maioria dos deputados golpistas que aprovaram o impeachment vão aprová-los nesta Casa. Tenho certeza que em 2017 vamos entrar barrando todas essas aberrações”, prevê o deputado baiano.
Héber Carvalho
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara