Ágatha assassinada: Petistas criticam política de extermínio no Rio de Janeiro

A morte com um tiro nas costas da menina Ágatha Vitória, 8 anos, negra, moradora do Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro chocou o Brasil, na última sexta-feira (20). Ações policiais com mortes de inocentes no estado do Rio de Janeiro, governado por Wilson Witzel, passaram a ser recorrentes. Fatos que preocupam o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o deputado Helder Salomão (PT-ES) – que no domingo (22) – disse que vai pedir providências e esclarecimentos ao governo do Rio de Janeiro, à Secretaria de Segurança Pública e ao Ministério Público sobre mais esse assassinato.

O deputado observou ainda que fatos como esses não podem ficar impunes. Para ele, a criminalidade deve ser combatida, mas não da forma como o Rio de Janeiro vem praticando.

“Não podemos assistir a morte de uma criança e achar que isso é normal. Avalio que tem um erro na orientação que está sendo dada. Está havendo um aumento da letalidade no Rio. Fiz essa denúncia em Genebra (na Suíça). Vamos acionar todos os órgãos responsáveis. Este modelo de segurança pública não combate apenas o crime”, afirmou o deputado que se encontra em missão oficial em Genebra.

Helder Salomão acredita que outras ações nesse sentido devem ser analisadas na reunião da CDHM, na próxima quarta-feira (25).

No Twitter

Parlamentares da Bancada do PT também se posicionaram sobre mais essa ‘crônica de uma morte anunciada’. É que no mês de agosto, o secretário de governo do estado do Rio de Janeiro, Cleiton Rodrigues, ao se posicionar sobre as mortes de seis inocentes em cinco dias de operações policiais, afirmou que o governador e o governo do Estado lamentavam “profundamente” todas essas mortes.  “Essas e todas as outras que possam acontecer”.

“Bolsonaro e Witzel querem que a polícia mate bandido, ainda que para isso inocentes sejam sacrificados como o caso da menina Ágatha. Moro com seu excludente de ilicitude garante a licença para matar. Essa política de Bolsonaro e Witzel atinge principalmente os inocentes que são as maiores vítimas desse genocídio”, escreveu o deputado José Guimarães (PT-CE).

Guimarães defendeu ainda que esse crime faça parte de uma investigação internacional. “É um crime que precisa ser investigado por um Tribunal Internacional, já que aqui no Brasil nada acontece. Porque esse governador está legalizando a matança dos inocentes”, acusou o parlamentar.

O deputado Paulão (PT-AL), também se manifestou em sua conta no Twitter. “O governador do Rio de Janeiro é um fascista. A principal política do seu governo é a violência contra a população pobre. Quando o Ministério Público vai agir contra esse criminoso?”, questionou.

Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), não foi incidente e nem bala perdida. “O que matou a menina Ágatha, – 8 anos – foi um tiro irresponsável, mas autorizado por uma política de extermínio, não de segurança. Foi um crime! Só no governo Witzel já foram 5 crianças mortas e 16 feridas. Basta!”, cobrou.

“Basta de impunidade! Essa política de ‘morte’ estabelecida no Rio e que lamentavelmente é defendida por muitos pelo Brasil afora, é extremamente cruel com os mais pobres e uma ameaça eminente à vida de cidadãos inocentes. Toda minha solidariedade à família de Ágatha”, escreveu o deputado Odair Cunha (PT-MG).

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), aquilo que Witzel chama de política de segurança pública é, na verdade, “um espetáculo grotesco, a banalização da morte de inocentes e de policiais em uma guerra que não apresenta nenhuma eficácia concreta”.  Segundo ela, “essa política de espetáculo alimenta o discurso fascista e o aplauso dos fanáticos”.

Também em seu Twitter o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) escreveu: “O desgoverno Bolsonaro e suas mentiras. A matança de inocentes no Rio de Janeiro. A que ponto chegamos? Isso tem que parar”, exigiu.

Benildes Rodrigues

 

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