Adelmo Leão: “Não podemos afirmar que homossexuais são fruto de abusos”

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Durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, nesta quarta-feira (24), para se ouvir depoimentos de pessoas que dizem ter deixado de ser homossexuais, o deputado Adelmo Leão (PT-MG) foi na contramão dos convidados e rechaçou a tese de que abusos sexuais levam as vítimas a abraçar a orientação homoafetiva.

“Não existe nenhuma base científica para se dizer que o abuso sexual é automaticamente traduzido numa indução à homossexualidade. Certamente é uma variável importante que merece ser analisada, mas não podemos afirmar que todos os homossexuais foram frutos de um abuso”, afirmou o deputado mineiro, que é médico fisiologista.

Dos oito expositores na audiência, requerida pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), seis se dizem ex-homossexuais e apontaram os abusos sexuais que sofreram na infância ou adolescência como a causa principal da homossexualidade em um período de suas vidas. A esposa de um dos convidados também expôs a sua experiência pessoal em favor da possibilidade de “transformação” de um gay em um heterossexual.

O último expositor da audiência, Rogério de Oliveira Silva, vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), rebateu as críticas de que os psicólogos não acolheriam bem as pessoas que declaram querer deixar a vivência homossexual. “Nós na Psicologia não somos contrários ao sofrimento das pessoas que nos procuram. O que ocorre é uma confusão, é que não podemos, no exercício profissional, partir do pressuposto de que vamos fazer o tratamento de algo que não é considerado como doença”, explicou Rogério.

Adelmo Leão também criticou a ideia defendida por religiosos que considera a homossexualidade apenas um comportamento. “Dizer que ninguém nasce homossexual não é uma verdade absoluta. Ninguém pode afirmar isso. Dos mais de sete bilhões de habitantes desse mundo, nós não temos dois iguais. Não podemos ousar dizer que o testemunho de cada um e o testemunho de todos vocês possa ser o parâmetro e o paradigma para dizermos que tem que ser do jeito que vocês colocaram aqui. Cada um é uma verdade que precisa ser profundamente respeitada”, disse o parlamentar, dirigindo-se diretamente aos expositores.

“Ninguém é proprietário do inteiro domínio do que significa a realidade brasileira, do que significa a homossexualidade, que não é modismo e ainda sofre preconceito e discriminação em grande escala no País. O preconceito é o mal que existe e que tem que ser combatido em todas as dimensões e em todos os lugares”, defendeu Adelmo.

Falando na condição de cristão, Adelmo Leão disse que o reconhecimento e o pedido de perdão do papa Francisco pelos casos de pedofilia na Igreja Católica foi “um dos momentos mais extraordinários do processo civilizatório da religião cristã católica”. Para o deputado, “não é só entre católicos que existe isso”.

Bolsa – Um dos momentos inusitados da audiência pública foi a proposta do deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) de apresentar um projeto de lei para criar o “Bolsa ex-gay”. O parlamentar disse que vai elaborar e apresentar o projeto no prazo mais curto possível.

Rogério Tomaz Jr. com Agência Câmara
Foto: Rogério Tomaz Jr./PT na Câmara

 

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