A participação do jovem sempre foi efetiva nas grandes viradas políticas da história do Brasil, seja votando, participando de campanhas, manifestações ou, melhor ainda, se candidatando a cargos públicos. Tenho certeza absoluta que neste ano essa presença será decisiva na eleição do presidente Lula.
São aproximadamente 6 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que poderão estar aptos a votar, público em que o Bolsonaro, por sua visão retrógrada e preconceituosa, tem 60% de rejeição. É o grupo que pode efetivamente definir o resultado da disputa presidencial, mas para isso é preciso fazer a tarefa de casa: tirar o título de eleitor!
Sou a prova de que o exercício dessa atividade política tem grande força na estrutura de renovação política e formação de novos líderes. Desde muito cedo me dediquei aos movimentos estudantis, quando adolescente movimentando grêmios, depois jovem dirigente de partido em 98, até minha primeira candidatura em 2000 com 21 anos.
Tudo isso me deu experiência e oportunidade para ocupar cargo de secretário municipal e depois a alegria de cumprir um propósito de vida pública com dois mandatos de prefeito e três como deputado federal.
Fico muito preocupado por saber que neste momento, depois de toda campanha mobilizada por grandes artistas de todo o país e pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda tenhamos cerca de 04 milhões de jovens que, embora não sejam obrigados a votar, podem perder essa oportunidade de participar ativamente da decisão que impacta na vida de todos os brasileiros.
Por isso, temos uma grande missão nos próximos dias, seja como agentes públicos, professores ou como mães e pais – convencer os nossos jovens da importância de votarem e incentivar a fazerem seus títulos de eleitor. O processo é muito simples e realizado de maneira digital. E isso precisa ser feito rapidamente porque essa possibilidade tem dia e hora para acabar e está próxima, dia 4 de maio.
Não podemos mais permitir que o presidente não seja o representante da maioria da população brasileira, e para isso precisamos que os votos válidos imprimam a realidade do que idosos, adultos, crianças e especialmente os jovens desejam para o nosso país.
A juventude sempre nos sinaliza para a luz da esperança e o título de eleitor é a grande chave para fazer a diferença e vivermos dias melhores para todos.
Zeca Dirceu é deputado federal do Paraná pelo Partido dos Trabalhadores e vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados