A educação que transforma

Deputado Nilto Tatto. Foto: Gustavo Bezerra

(*) Nilto Tatto

As primeiras universidades nas Américas surgiram nas colônias espanholas – sendo a Universidade de São Domingos, na República Dominicana, a pioneira, em 1538. Ainda naquele século, seriam construídas universidades no Peru e no México. Cem anos depois, a Colômbia ganharia uma universidade e o Peru a segunda. Cuba e Chile tiveram suas primeiras universidades inauguradas nos anos 1700, enquanto nos Estados Unidos, Harvard surgiu um pouco antes, em 1636. No Brasil, a primeira escola de ensino superior foi na Bahia, no século XIX, mas a primeira universidade de fato abriu suas portas apenas em 1920, no Rio de Janeiro.

Quando criadas, as universidades brasileiras serviam apenas às elites econômicas do País, dinâmica semelhante ao que acontecia no ensino médio. Essa lógica, no entanto, passou a mudar a partir da redemocratização, quando se iniciou uma grande luta pela universalidade do acesso, porque não havia vagas suficientes para toda a população. Hoje no Ensino Médio da rede pública, os desafios da qualidade do ensino e da frequência escolar se sobrepõe à carência de vagas e se configuram enormes barreiras de acesso ao Ensino Superior gratuito e de qualidade.

Desmonte

Antes de serem desmontados, o Bolsa Família e o programa Fome Zero foram fundamentais para ajudar nesse processo, buscando a garantia das condições mínimas de subsistência, mas embora possuíssem como uma de suas condicionantes a frequência escolar, não ofereciam condições materiais suficientes para tanto. Hoje, além de resgatar e ampliar o Bolsa Família, o governo Federal criou o Pé-de-Meia, um programa de incentivo para os jovens do Ensino Médio público permanecerem na escola e concluírem seus estudos sem defasagem. Serão mais de 2,5 milhões de estudantes que receberão R$200 ao mês, até a graduação.

Não dá para ficar só no discurso de que é preciso investir na educação para mudar um País, o Brasil precisa de ações transformadoras, em especial para a juventude periférica. Deixar a educação para depois, significaria condenar todos nós ao atraso. Parabéns ao governo Lula por mais essa conquista. Vamos juntos nessa caminhada.

 

(*) deputado federal (PT-SP)

 

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