O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) criticou hoje (12) duramente o governo ilegítimo Michel Temer pelos seguidos ataques aos direitos sociais e trabalhistas da população brasileira e à soberania nacional, com a entrega a grupo estrangeiros, a preço de banana, de riquezas como o estratégico petróleo da camada pré-sal. “Estamos chutando a escada do desenvolvimento e corremos o sério risco de nos tornarmos um quintal das potências mundiais”, alertou.
O parlamentar condenou o fatiamento e a privatização disfarçada da Petrobras, que o governo e a mídia tradicional tratam como se fosse recuperação da estatal. Na verdade, é uma prática para favorecer grupos privados estrangeiros, ponderou Chinaglia.
Refino – Ele observou que durante a gestão Pedro Parente, as refinarias brasileiras tiveram reduzida a capacidade de refino para favorecer grandes grupos importadores de diesel e gasolina, submetendo os brasileiros a preços dolarizados e a uma lógica de lucros altíssimos da Petrobras, voltada ao favorecimento de acionistas estrangeiros.
O resultado foi o aumento estratosférico dos preços dos combustíveis e bilhões de reais de lucros para grupos privados, denunciou o parlamentar. Em pouco mais de dois anos de governo Temer, o diesel subiu mais de duzentas vezes, o que levou à recente greve dos caminhoneiros.
Na opinião de Chinaglia, a política de Temer para a Petrobras é um exemplo de vassalagem aos estrangeiros, para atender aos interesses dos sócios minoritários dos EUA e os grupos que passaram a importar diesel e gasolina para o mercado interno. Em 2016, com o governo Dilma, o Brasil exportava gasolina; hoje, virou importador.
Antinacional – O parlamentar petista condenou o uso de recursos do Tesouro, com a subtração de verba da saúde, educação e outras áreas sociais, para subsidiar o diesel, conforme acordo do governo com os caminhoneiros. Para ele, os recursos podem vir com a taxação dos lucros extraordinários dos grupos que faturaram bilhões de reais com a política antinacional de importações adotada por Pedro Parente e mantida pela nova direção da Petrobras.
Chinaglia criticou também o modelo econômico adotado pelo governo ilegítimo, em especial a Emenda Constitucional 95, aprovada pelo Congresso Nacional no final de 2016, a qual congela por 20 anos os gastos primários do governo, independentemente do crescimento do PIB. “É a emenda da morte, fez aumentar a mortalidade infantil e aumentou número de internações hospitalares”, denunciou o parlamentar.
O deputado disse que há um quadro catastrófico na economia brasileira – desemprego recorde e sem qualquer perspectiva de melhora, com uma recessão histórica agravada por medidas como a Reforma Trabalhista, que precarizou as condições de trabalho no País. Para ele, todos os retrocessos são fruto da cartilha neoliberal adotada por Temer.
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