Câmara homenageia Apolônio de Carvalho nesta sexta; petistas lembram história de luta

apoloniopt32A Câmara dos Deputados realiza nesta sexta-feira (16), às 15 h, sessão solene em homenagem póstuma ao centenário de Apolônio de Carvalho, revolucionário e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. A sessão foi solicitada pelos deputados Amauri Teixeira (PT-BA) e Fernando Ferro (PT-PE).

Nascido no município de Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul, filho de soldado sergipano e de mãe gaúcha, Apolônio de Carvalho é considerado uma figura ímpar no cenário da vida política brasileira. A luta pelos ideais socialistas e contra os regimes de opressão tiveram início nos anos de cadete da Escola Militar de Realengo (RJ), quando viveu com intensidade a “paixão literária”.  

O deputado Amauri Teixeira destacou a coerência como uma das qualidades de Apolônio de Carvalho. “Apolônio tem uma história de luta. Ele é o socialista mais internacionalista do Brasil. Lutou contra o franquismo, regime político aplicado na Espanha entre 1939 e 1976; liderou um grupo na resistência ao nazismo na França; lutou contra a ditadura no Brasil de Vargas e permitiu que derrubássemos, inclusive, a ditadura militar de 64. Além disso, Apolônio de Carvalho foi o primeiro filiado do PT, integrante do diretório nacional do partido e se afastou porque estava com a saúde debilitada”, ressaltou Amauri Teixeira.

A homenagem ao centenário de Apolônio, na avaliação do deputado Fernando Ferro, não é só do PT, mas de todos os brasileiros que conhecem e se inspiram na sua história para continuar lutando pelas causas sociais no país.

“Quem conheceu e conviveu com Apolônio sabe da pessoa afetuosa que ele era e continua sendo para nós. A importância que teve nos debates com a sua experiência de vida e com a sua autoridade moral, política e histórica para o Partido dos Trabalhadores. Apolônio é um dos pilares do PT e, acima de tudo, um imenso ser humano que nos emocionou com sua simplicidade, humildade e pelo conteúdo de suas falas, graças à leitura que fazia da sociedade brasileira. Apolônio de Carvalho conheceu como poucos a alma política do país”, afirmou Fernando Ferro.

Apolônio de Carvalho era entusiasta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e nunca abriu mão da crítica ou da esperança. Para ele, um novo mundo socialista era sempre possível e poderá estar sempre ao alcance de nossas mãos, desde que estejamos dispostos a nos organizar e a lutar por ele.

Apolônio morreu no dia 23 de setembro de 2005, aos 93 anos, em seu apartamento no Rio de Janeiro. Ele era casado com Renée e o casal teve grande atuação na Resistência Francesa contra o nazifascismo.

Ivana Figueiredo com agências.

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