Os impactos para a população com uma eventual privatização do sistema Eletrobras foram debatidos em seminário realizado na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) na segunda-feira (7). A atividade se insere dentro do contexto de audiências públicas programadas pela Câmara dos Deputados para debater projeto de lei 9463/18, que propõe a privatização da estatal.
O deputado federal Pedro Lula Uczai (PT-SC), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletrosul e membro da comissão especial que analisa o PL 9463/18 – Desestatização da Eletrobras – foi o autor do requerimento para a realização do seminário.
“Se a sociedade brasileira aumentar a pressão nós não teremos privatização do setor elétrico, afinal ninguém vai querer pagar mais caro pela energia, nem o empresário, nem o trabalhador e o agricultor”, afirmou o deputado Pedro Uczai, citando estudos da Aneel que indicam um aumento mínimo de tarifa na casa dos 20% imediatamente em caso de privatização.
O aumento da demanda por energia elétrica nas cidades e no campo é outro tema que precisa ser levado em consideração caso a Eletrobras e suas subsidiárias forem vendidas – incluída aí a Eletrosul, responsável pelo fornecimento no estado de Santa Catarina. “Nossa zona rural tem demandado mais energia com redes trifásicas, por exemplo, e quando privatiza você não tem mais essa possibilidade”, alertou Uczai.
A regularidade no fornecimento também preocupa o deputado Pedro Uczai. “A privatização dificulta a universalização do acesso à energia”, lamentou. Para o parlamentar, programas como o Luz Para Todos – que levou eletricidade para áreas remotas do País – não entrarão mais na agenda do setor privatizado.
“Uma conquista da população brasileira é a interligação de todo o sistema elétrico e isto só foi possível graças à ação governamental no setor, orientada para o desenvolvimento da nação e não apenas visando gerar lucros e dividendos para os acionistas”, finalizou Pedro Uczai.
Assessoria de Imprensa
