Boletim 53 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de Curitiba – 28/04/2018 – 20:00h
1) O atentado fascista a tiros contra militantes do acampamento Marisa Letícia na madrugada não tirou o ânimo dos milhares de acampados em Curitiba que participam da Vigília #LulaLivre em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na luta por sua soltura. O “boa tarde!” a Lula no fim do dia, puxado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e pelo presidente do PT/Paraná, Doutor Rosinha, foi também para homenagear as duas vítimas do atentado. Lindbergh pediu que a Polícia Federal apure o atentado e lembrou que as cápsulas encontradas, de 9mm, são do mesmo calibre da arma que executou a vereadora Marielle Franco, há mais de um mês, no Rio.
2) Em reunião realizada na tarde deste sábado com gestores da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), lideranças ligadas ao Acampamento # LulaLivre exigiram reforço no policiamento no local e agilidade nas investigações. O grupo cobrou também segurança ostensiva na programação do Dia do Trabalhador. O 1º de Maio será um evento que irá unificar sete centrais sindicais do Brasil e diversos movimentos populares na capital paranaense, que já está recebendo caravanas de todas as regiões do Brasil e de outros países.
3) O momento é de união e não de medo. Essas é a opinião sobre o atentado da aposentada Dalva da Silva, de 52 anos, que chegou ao Acampamento Lula Livre em Curitiba na sexta-feira. Ainda abalada, mas determinada a resistir, Dalva diz que “apesar do clima tenso depois da cena de horror desta madrugada, é importante resistir e dar as mãos”. De sua cabeça não saem nem as imagens da correria, dos fogos de artifício soltados pelos companheiros que faziam a segurança do acampamento com o objetivo de alertar a todos sobre os riscos, nem os gritos e xingamentos histéricos dos fascistas que atacaram o acampamento Marisa Letícia e gritavam o nome de Bolsonaro.
4) Após o ataque a tiros contra o acampamento, deputados e senadores do PT, lideranças políticas de outras legendas, incluindo pré-candidatos à Presidência, assim como movimentos sociais, vieram a público condenar a ação fascista e denunciar que os discursos de ódio estão se materializando de maneira perigosa para a democracia brasileira. A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), gravou um vídeo pela manhã no qual afirma que “a intolerância vai levar para uma situação lamentável. É uma violência contra os movimentos sociais, é uma violência que tem se dado na política. Quero deixar claro, ela é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula, contra o PT, contra os movimentos de esquerda. A Lava Jato e o juiz Sérgio Moro têm responsabilidade objetiva nisso, assim como a grande mídia e, principalmente, a Rede Globo“.
5) Gleisi Hoffmann participou de reunião com lideranças políticas no Chile neste sábado. Lá, denunciou tanto a perseguição jurídica e midiática contra Lula como também o aprofundamento do fascismo e do processo de ódio contra a esquerda no Brasil. Ela disse que se Lula for candidato, ganha as eleições, por isso toda a mobilização judicial e midiática contra ele e sua condenação sem provas, o que o torna um prisioneiro político. Gleisi ressaltou que a prisão de Lula é ilegal e inconstitucional, tanto por não haver trânsito em julgado, como pelas falhas de todo o processo.
7) O Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel condenou o ataque a tiros contra o acampamento Marisa Letícia. Ele afirmou que “quem odeia a democracia tem medo de perder seus privilégios e dispara contra pessoas indefesas durante a noite”. Esquivel esteve em reunião no Parlamento do Mercosul (Parlasul) na sexta-feira e participou de ato na defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é mantido como preso político na capital paranaense.
Boletim 53 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de Curitiba – 28/04/2018 – 20:00h