Uma grande manifestação em Porto Alegre reuniu ontem (23) mais de 80 mil pessoas em protesto contra o que é considerado pelo partido dos trabalhadores (PT) uma perseguição judicial ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A capital do Rio Grande do Sul foi governada 16 anos por intendentes do PT e recebeu as primeiras edições do Fórum Social Mundial no início dos 2000. Ontem, voltou a ser, por quatro dias, o berço da esquerda latino-Americana, com diversas atividades ligadas à luta continental contra a nova onda do neoliberalismo e atos em defesa do direito de #Lula a se apresentar como candidato nas eleições presidenciais de outubro.
O líder do PT tem uma condenação por corrupção passiva ditada pelo juiz #sergiomoro do Tribunal Federal de Curitiba. Hoje, quarta-feira, 24 de janeiro de 2018, começa em Porto Alegre o julgamento de um recurso da defesa de Lula. No caso da confirmação da condenação, Lula ficaria incapacitado para se apresentar candidato a qualquer posto eletivo, segundo a lei que no Brasil é conhecida como “Ficha limpa”, aprovada pelo congresso brasileiro em 2010, justo o último ano do segundo mandato de Lula como chefe de estado.
A Senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, questiona a habilitação do Tribunal de Moro para julgar a causa. “Uma de muitas perguntas que não querem calar é porque o processo de Lula aconteceu em Curitiba, já que todos os investigados na causa do [ Departamento ] algo foram julgados e absolvidos em São Paulo”, disse na sua conta do Twitter.
Lula é acusado de receber um apartamento da construtora OAS como suborno para obter contratos com a #Petrobras, a estadual brasileira de petróleo. O Juiz Moro e os procuradores, no entanto, não conseguiram reunir provas formais contra Lula e o apartamento foi embargado por um tribunal de Brasília, há duas semanas, para tirar uma dívida da OAS com as custas do edifício.
Apesar da condenação e desativação iminente, todos os porta-Vozes do PT afirmam que Lula será o candidato do partido nas eleições para outubro. ” Não reconheceremos esta farsa jurídica travestida de julgamento. Vamos inscrevê-lo como candidato e o rosto e o nome de Lula estarão na urna eletrônica. Eles que tentem explicar ao mundo porque 40 milhões de pessoas terão o voto anulado!”, afirma o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados.
Por Rogério Tomaz Jr. (desde porto alegre), para sudestada e El Furgón