A elevação do Brasil a grau de investimento pela agência de classificação de risco Moody’s reflete o acerto da política econômica nos últimos anos, avalia o Tesouro Nacional.
Em nota divulgada ontem (22), a Gerência de Relacionamento Institucional do órgão afirma que a responsabilidade fiscal contribuiu para melhorar a percepção dos investidores internacionais, mesmo após o agravamento da crise.
Tal fato demonstra que o pragmatismo da política econômica, sem perda da austeridade e da responsabilidade que a tem guiado, ao tempo que ajudou o país a evitar a desaceleração econômica, permitiu ao país reduzir os custos e riscos da gestão da dívida pública”, destacou o Tesouro.
Na nota, o Tesouro ressaltou, ainda, que o Brasil foi o primeiro país a ser elevado a grau de investimento, desde setembro de 2008, quando o banco norte-americano Lehman Brothers faliu, elevando a gravidade da crise econômica mundial.
Também foram destacados trechos do relatório da Moody’s em que a agência de classificação de risco apresenta uma perspectiva favorável à evolução da dívida pública brasileira por causa da queda dos juros.
“As condições econômicas parecem ser favoráveis para constantes reduções dos indicadores de dívida do governo, devido à perspectiva de crescimento no curto prazo e à probabilidade de que as condições macroeconômicas continuarão validando taxas de juros de um dígito, condição que mudaria de maneira fundamental a dinâmica da dívida”, afirmou a Moody’s.
O Tesouro reproduziu outro trecho do relatório, no qual a agência de classificação ressalta que a ausência de desequilíbrios na economia contribuiu para a melhoria da percepção dos investidores: “A ausência de desequilíbrios macroeconômicos fundamentais na economia brasileira é uma condição favorável, visto que coloca o país numa posição privilegiada em relação aos outros créditos soberanos na mesma categoria de rating [classificação de risco] e que têm maiores desafios fiscais e externos.”
O grau de investimento representa a garantia de que o país não corre o risco de dar calote na dívida pública. A classificação permite a atração de investimentos internacionais, principalmente fundos de pensão estrangeiros, para aplicar recursos no Brasil.
A Moody’s foi a última das grandes agências de análise de risco a elevar o Brasil a grau de investimento. Em 30 de abril do ano passado, a Standard&Poor’s tornou-se a primeira agência a conceder a classificação ao país. Um mês mais tarde, em 29 de maio de 2008, a Fitch também incluiu o Brasil na categoria.
Agência Brasil