O Nordeste brasileiro vai se reencontrar com a esperança a partir da próxima quinta-feira (17). Lula volta para a estrada a fim de retomar o debate na região sobre um projeto de desenvolvimento para o Brasil — desafio abandonado pelo presidente ilegítimo Michel Temer e sua base aliada. Os golpistas, em pouco mais de um ano de desgoverno, destruíram direitos sociais e trabalhistas, aumentaram o desemprego, cortaram o orçamento da saúde, da educação, da pesquisa e da infraestrutura, além de entregar o patrimônio nacional aos interesses do grande capital.
O projeto das novas caravanas, chamado “Lula pelo Brasil”, nessa primeira etapa visitará os nove estados do Nordeste, num percurso de 4 mil quilômetros com atividades confirmadas em 25 cidades, numa jornada de 19 dias. A Bahia – no dia 17 de agosto – será o ponto de partida da caravana, que passará por Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, encerrando a jornada no dia 5 de setembro, no Maranhão.
Assim como no início dos anos 90, quando inovou indo para o interior do País, não para pedir votos, mas buscando conhecer in loco as demandas, as necessidades e a opiniões do povo, Lula volta agora para ver de perto a realidade atual. Volta para avaliar o legado dos governos do PT, que mudou a cara do Brasil com políticas transformadoras de inclusão social e desenvolvimento sustentável.
A caravana, que será acompanhada por lideranças políticas, sindicais e do movimento social, servirá também para defender as políticas públicas e os direitos que estão sendo ameaçados pelo governo golpista.
“Sou uma peça de uma máquina chamada povo brasileiro. Eu só sou o que sou pela evolução da consciência política do povo, que entendeu que pode melhorar de vida. Nós provamos que o Brasil pode ser grande. Por isso, tenho certeza que esse País pode voltar a sorrir e ser respeitado”, afirmou o ex-presidente Lula, no último sábado (12), em um evento com sindicalistas no Rio de Janeiro.
Lula disse ainda que a perseguição política e midiática, da qual é vítima diariamente, é para impedir sua candidatura nas próximas eleições. “Não querem que a gente prove que um metalúrgico sem diploma universitário possa fazer mais pelo povo do que todos os doutores que estão no Planalto. Eu gostaria de ter diploma, mas tenho um diploma que eles não vão aprender na universidade, que é conhecer a alma do nosso povo e conversar de igual para igual. Por isso, vou voltar a viajar pelo País no próximo dia 17. Não sei quanto tempo tenho de vida, mas vou brigar para ser candidato em 2018 e melhorar a vida do povo brasileiro”, destacou.
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), que integrará a comitiva do ex-presidente Lula, reforçou que essa caravana vai levar esperança ao povo, mostrando que ainda é urgente barrar as maldades do governo Temer. “Lula mostrará, mais uma vez, que é possível uma política econômica com distribuição de renda e justiça social”, avaliou Zarattini.
Um cidadão brasileiro comprometido com seu país
Viajar pelo Brasil de Norte a Sul, do Oiapoque ao Chuí, conversar com as pessoas, enfrentar a adversidade em busca de um País mais justo e solidário, não é novidade para Lula. Foi na luta por direitos trabalhistas que ele percorreu o Brasil nos anos 1970 e ajudar a organizar o novo movimento sindical. Voltou à estrada nos anos 1980 e fundou o PT, a fim de dar voz aos trabalhadores na política. Foi assim também nas Caravanas da Cidadania, de 1992 a 1994, quando quis construir um programa de governo realista, transformador e capaz de reduzir desigualdades sociais e regionais. Um projeto de nação inclusiva, desenvolvida e soberana. “Voltamos para a estrada porque queremos continuar trabalhando em favor do Brasil”.