A Comissão de Direitos Humanos e Minorias promoveu nesta quarta-feira (12) uma audiência pública sobre a situação do exercício do jornalismo e as perspectivas do direito à livre comunicação e expressão no País.
Para o presidente da CDH, deputado Paulão (PT-AL), o objetivo do debate é aprofundar temas como a censura judicial que vem cerceando a atividade jornalística; a concentração dos meios de comunicação no Brasil, que são concessões públicas, limitando o direito da população à informação plena, e às novas formas de jornalismo ativista e de imprensa alternativa.
Durante a primeira mesa em que se discutiu “Um panorama da comunicação no Brasil: concentração, censura judicial e perseguição aos profissionais de imprensa”, participaram a jornalista Beatriz Barbosa – representante do coletivo Intervozes; Maria José Braga, Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas; Thiago Correia, Vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas; David Soares – Jornalista do portal “Diário do Poder”; e Luis Nassif – Jornalista e blogueiro do portal GGN.
Para todos os participantes, a judicialização nos dias de hoje tem sido bastante dura para os profissionais de comunicação. Segundo Nassif, o monopólio das empresas de comunicação faz perseguição a profissionais que atuam como mídialivristas que, como ele, respondem a dezenas de ações judiciais.
O jornalismo ativista e a imprensa alternativa também foi tema da audiência que teve a participação de representante do Mídia Ninja; Brasil 247; Jornalistas Livres e Rede Brasil Atual.
No final da audiência, na qual participaram os deputados petistas Nilto Tatto (SP); Erika Kokay (DF) e Adelmo Leão (MG), a ex-presidente da Empresa Brasileira e colunista do site Brasil 247, Tereza Cruvinel lembrou a importância desta discussão pelo parlamento e salientou a importância de se pautar o tema da democratização dos meios de comunicação para a agenda da esquerda nas eleições de 2018.
(José Mello)