Após um dia de debates e de análises de professores de direitos, dirigentes partidários e parlamentares, o Seminário “Estado de Direito ou Estado de Exceção”, promovido pelas bancadas petistas na Câmara e no Senado, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, reforçou a necessidade de o Brasil se contrapor ao golpe e derrotar as forças do atraso que retiram direitos do povo, privilegiam o mercado e entregam as riquezas do País ao capital estrangeiro.
O deputado Carlos Zarattini (SP), líder do PT na Câmara, reiterou durante a mesa de encerramento do evento estar disposto, juntamente com toda a bancada petista, a enfrentar toda a onda golpista. “Temos visto o tamanho do absurdo desse processo legislativo, com a Reforma Trabalhista, da Previdência, com a entrega de riquezas, como o pré-sal, com o desmonte da Petrobras e de toda a nossa indústria nacional que era fornecedora da Petrobras”, enumerou Zarattini.
Para o líder, eventos como este seminário têm o sentido claro de alertar para todo esse perigo. “Precisamos enfrentar cotidianamente esse Estado de exceção que busca se implantar no País, que busca tomar conta do Judiciário, que busca tomar conta inclusive do Legislativo, porque, do Executivo, já tomou”, completou.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que mediou a mesa, disse ser preciso haver um “levante” para se contrapor a uma narrativa midiática que ainda engana muitos brasileiros sobre a realidade atual do Brasil. “Existe um golpe neste País. E este golpe está em andamento na cozinha de cada um, na lavoura de cada um e na esquina de cada um que está dormindo nas ruas. E é preciso que haja um levante”.
Ao falar do papel do Estado, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), líder do PT no Senado, ressaltou a falta de compromisso da classe dominante com a construção de Brasil garantidor de direitos. “Se avaliarmos 500 anos de história, o período que tivemos a maior inclusão social foram nos governos de Lula e Dilma. E esse momento resultou em toda essa desconstrução de um governo democrático e popular”.
Também participaram da mesa de encerramento o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles; o governador do maranhão, Flávio Dino (PCdoB); e o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra