Em votação secreta, o plenário da Câmara pode decidir nesta terça-feira (30), o futuro da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). A parlamentar responde a processo por quebra de decoro por ter aparecido em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, então secretário do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). A deputada Erika Kokay (PT-DF) defende a cassação de Jaqueline.
“Espero que a Câmara não se cubra sobre o manto da impunidade. A defesa de Jaqueline Roriz tenta livra-la apoiada apenas na questão da temporalidade dos fatos, porque as imagens não permitem a defesa, elas falam por si só”, afirma Kokay. O vídeo divulgado é de 2006, época em que Jaqueline Roriz era deputada distrital.
Para a petista, o fato de Jaqueline Roriz ser acusada por um crime cometido antes de assumir o atual mandato não pode contribuir para a absolvição. “Um ato indigno cometido no passado, continua sendo indigno hoje. Por isso defendo a cassação”, disse Erika Kokay.
Na avaliação da deputada do PT, a quebra de decoro atinge não apenas a acusada mas, principalmente, o parlamento e, por isso, a sociedade espera uma resposta enérgica sobre o caso.
Segundo o Regimento Interno da Câmara são necessários 257 votos para ocorrer a perda do mandato.
Héber Carvalho
