Assis Carvalho defende mais justiça fiscal com taxação de grandes fortunas

Assis_plenarioO deputado Assis Carvalho (PT/PI) defendeu nesta quinta-feira (25) em plenário uma reforma tributária audaciosa que contemple os anseios da sociedade brasileira e ressaltou a necessidade de taxar as grandes fortunas como forma de diminuir as injustiças tributárias no Brasil.

Falando pela liderança do Partido dos Trabalhadores, ele definiu a redução da jornada de trabalho, a reforma política e a reforma tributária como bandeiras comuns do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), discutidas entre o presidente da entidade, Artur Henrique, e a bancada do partido como temas para este semestre legislativo.

Para Assis, o PT, tanto no governo Lula como no governo Dilma, demonstrou sensibilidade para a diminuição das desigualdades com programas de inclusão social. “Mas é preciso avançar mais”, argumentou o parlamentar. Ele citou estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontam distorções no sistema tributário brasileiro ao sacrificar os trabalhadores e proteger o capital e a propriedade.

Dados estatísticos apresentados pelo petista mostram que a carga tributária brasileira não é mais alta que a de países desenvolvidos, como Alemanha, Bélgica e Estados Unidos, mas tem sua classificação injusta, pois as pessoas de baixa renda são as que, percentualmente, mais contribuem. Ao falar da crise econômica internacional, também citou o exemplo da França, onde o presidente planeja aumentar os tributos dos mais ricos.

“O que nos deixa mais tristes são os números dessa distorção aqui no Brasil. Pesquisa do Ipea, que baliza ações de governo e empresas, revela que os mais ricos pagam menos impostos que os pobres. Veja só: os 10% mais pobres da população brasileira dispõem de 32,8% de sua renda mensal para pagar impostos, enquanto os 10% mais ricos pagam apenas 22% de sua renda”, concluiu Assis. Ele também lembrou que durante o governo Fernando Henrique ocorreu a última reforma que desonerou a renda do capital e aumentou a tributação sobre o consumo.

Ao finalizar o discurso, Assis Carvalho conclamou os parlamentares a fazer o debate da reforma tributária, para que não pese “sobre os ombros da classe trabalhadora o ônus dos impostos neste País”.

Assessoria Parlamentar

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