Sob a presidência de Benedita da Silva, petistas homenageiam mulheres e cobram voto contra reforma da Previdência

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No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a sessão ordinária no plenário da Câmara teve início sob a presidência da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), referência na luta pelos direitos das minorias. Da tribuna, deputados e deputadas da Bancada do PT homenagearam as mulheres pela data, instituída pela ONU. De forma unânime, todos reafirmaram o compromisso de lutar contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer e que retira direitos, principalmente, das mulheres do campo e da cidade.

Em pronunciamento, a deputada Benedita da Silva lembrou o movimento internacional em defesa dos direitos da mulher, que marca o 8 de março. “Neste dia em que internacionalmente se comemora o dia da mulher, estamos parando contra aquilo que vem prejudicando todas nós, contra a violência que tem crescido em nosso País e no mundo. Estamos parando porque queremos garantir os direitos conquistados. Estamos parando porque respeitamos a Constituição brasileira e queremos que ela seja cumprida na seguridade, na proteção aos trabalhadores e às trabalhadoras. Estamos parando porque queremos que as mulheres continuem recebendo salários iguais para trabalhos iguais. Estamos parando porque não toleramos o ódio, a homofobia, a raiva, que temos visto nos últimos dias no nosso País e fora dele, e porque a vida da mulher está sem nenhum valor”, disse.

A deputada Benedita da Silva reafirmou a preocupação com as propostas de reformas da Previdência e Trabalhista e que trazem prejuízos, principalmente, para as mulheres. “Há pressa em fazer com que a CLT seja mudada para prejudicar o trabalhador e a trabalhadora. Essa reforma prejudica muito mais a mulher, porque aumenta a jornada de trabalho. Ao aumentar a jornada de trabalho, a mulher, que já tem dupla jornada de trabalho, terá a tríplice jornada de trabalho. Com relação à Previdência, querem acabar com ela porque é ela que atende o trabalhador e a trabalhadora. Querem retirá-la para que o trabalhador e a trabalhadora, cada vez mais empobrecidos, ainda fiquem à mercê da iniciativa privada e, nesse caso, da previdência privada, que ninguém aguenta pagar”, ressaltou.

“Nós hoje estamos parando contra a reforma da Previdência e também contra a reforma Trabalhista, porque as duas estão combinadas. E quem vai perder mais são as mulheres! É preciso que nós consigamos convencer a sociedade brasileira a se mobilizar contra essas reformas, porque elas serão um demarcador na vida de cada trabalhador, de cada trabalhadora, particularmente da população mais pobre deste País. Elas terão impacto forte, sim, sobre a classe média, mas centralmente promoverá a exclusão da população pobre, particularmente das mulheres negras”, afirmou a deputada Benedita da Silva.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) reiterou que “o maior respeito que as pessoas podem ofertar às mulheres no dia de hoje e sempre é impedir que essa reforma da Previdência retire nossos direitos, que soframos esse ataque, essa violência profunda institucional aos direitos das mulheres através de uma reforma que, na verdade, é uma destruição da Previdência Social”, disse.

O deputado Décio Lima (PT-SC) afirmou que a reforma da Previdência do governo ilegítimo de Temer “é uma grande agressão” às mulheres brasileiras. “Quero exaltar as mulheres guerreiras, que estão nas lutas, nas praças, nos sindicatos, nas entidades e nos movimentos sociais fazendo a resistência da causa por nenhum direito a menos no nosso país. Viva as mulheres brasileiras”, disse.

Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher, o deputado João Daniel (PT-SE) lembrou algumas mulheres símbolos da luta por melhores condições de vida para o povo. “Parabenizo todas as mulheres. Queremos um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres. Viva Rosa Luxemburgo! Viva a irmã Dorothy! Viva Margarida Alves! Viva as mulheres trabalhadoras do campo e da cidade que dão a vida e lutam para construir uma sociedade sem preconceito e justa”.

O deputado Leo de Brito (PT-AC) saudou todas as mulheres que estão tomando as praças, as escolas, as zonas rurais, na luta pelos seus direitos. “As mulheres têm conseguido avançar nas suas lutas, mas, muitas vezes, elas não têm as suas políticas públicas reconhecidas, como neste governo federal em que nós temos um retrocesso hoje. As mulheres receberam o presente de grego que é esta reforma da Previdência que o governo Temer está dando às mulheres neste 8 de março”.

Para o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), as mulheres querem o compromisso dos parlamentares de não permitir a retirada de direitos proposta pelo governo golpista de Temer na reforma da Previdência.
“Hoje, mais do que homenagem às mulheres de todas as profissões e classe sociais queremos um compromisso dos parlamentares. Que possamos, enquanto deputados, assumir o compromisso de não admitir a covardia que querem fazer com as mulheres brasileiras com esta reforma da Previdência e não pactuar com este golpe que quer tirar o direito das mulheres de se aposentar”.

O deputado Paulão (PT-AL) elogiou a deputada Benedita da Silva na presidência da Mesa e afirmou que a parlamentar petista “representa o símbolo da luta da mulher brasileira e é, sem dúvida, um orgulho para o Partido dos Trabalhadores e para a militância social”.

E o deputado Ságuas Moraes (PT-MT) lembrou que mais de 40 países comemoram o Dia Internacional da Mulher realizando uma mobilização internacional. “Para colocar em pauta a realidade de discriminação, violência e desrespeito que as mulheres enfrentam no cotidiano. Uma reflexão mundial sobre a urgência de estabelecermos relações mais equitativas entre homens e mulheres”, afirmou.

Também o deputado Valmir Assunção (PT-BA) afirmou que prestava homenagem a todas as mulheres na pessoa da deputada Benedita da Silva. “Que é esta simbologia para todas as mulheres brasileiras que lutam, guerreiras e que têm determinação. Também registro que as mulheres brasileiras se uniram à jornada internacional de luta das mulheres denunciando a tentativa de retirada de direitos das mulheres proposta na reforma da Previdência do governo Temer”.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) parabenizou “todas as mulheres brasileiras e todos os movimentos que lutam por direitos, contra a violência, por mais saúde para a mulher, e por mais igualdade de gênero. Registro ainda que o governo que aí está, sem voto, quer impor uma reforma da Previdência que não leva em consideração a questão de gênero e que prejudica as mulheres”.

Gizele Benitz

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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