Pesquisa da Andifes confirma inclusão social nas universidades, diz Valmir

formaturasO deputado Valmir Assunção (PT-BA) registrou em plenário pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e que revela que as pessoas de baixa renda estão tendo mais acesso às universidades federais.

O estudo traz o perfil dos estudantes das universidades federais do País, tendo como base 22 mil alunos de cursos presenciais. “O documento traz dados interessantíssimos em diversos aspectos”, ressaltou Valmir Assunção.

Segundo a pesquisa, 40% dos estudantes das universidades federais são das classes C, D e E. O percentual de alunos de baixa renda é maior nas instituições de ensino das regiões Norte (69%) e Nordeste (52%) e menor no Sul (33%). Segundo a Andifes, se forem considerados os estudantes com renda familiar até cinco salários mínimos, o percentual chega a 67% do total.

A conclusão dos pesquisadores, acrescentou o deputado Valmir Assunção, ” é que a instituição das políticas afirmativas e a expansão das vagas nas universidades federais são as principais causas desta mudança do perfil estudantil. Essas políticas públicas, instituídas ainda durante o governo Lula, foram fundamentais para essa reconfiguração”.

No entanto, o parlamentar petista lembrou que ainda é preciso avançar no que se refere às políticas de assistência estudantil. “Se aumentamos a quantidade de pessoas de baixa renda nas universidades federais, é necessário que essas pessoas tenham a garantia de acesso à residência estudantil, alimentação de qualidade nos restaurantes universitários, transporte e bolsas para o custeio dos estudos”, disse Valmir Assunção. Segundo a pesquisa, somente cerca de 15% destes estudantes são beneficiários de programas que custeiam total ou parcialmente a alimentação e um em cada dez recebe bolsa de permanência.

Cotas – A pesquisa traz também um outro aspecto do perfil dos estudantes que, de acordo com Valmir Assunção, “ainda precisamos vencer”. Dentro das universidades federais, somente 8,72% são negros. Os indígenas são menos de 1% do total. “Mesmo que tenha tido um aumento em relação à última pesquisa, em 2003, onde apenas 6% dos estudantes eram negros, esse percentual precisa ser melhorado. A Lei de Diretrizes e Bases tem uma diretriz que incentiva as universidades a aderirem à política de cotas, que é necessária diante de uma dívida social que temos com a população negra, com a necessidade de reparação social e também de igualdade e equidade”, finalizou o parlamentar petista.

Gizele Benitz

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