Mobilização. Essa foi a palavra de ordem do ato público contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que ocorreu nesta quarta-feira (22), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Ao se pronunciar, o deputado Marco Maia (PT-RS) chamou a atenção para esta que é a primeira tarefa que classificou de fundamental para barrar as reformas propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
“A primeira tarefa é mobilizar o povo para não permitir que essas matérias sejam votadas na Câmara e no Senado. As duas reformas têm de ir para a lata do lixo”, discursou o deputado, para um auditório lotado de trabalhadores, representantes das centrais sindicais, associações e sindicatos.
O deputado descartou a possibilidade de se negociar o projeto. “Não há mediação, não há acordo, não tem negociação. Vamos realizar a maior campanha já vista na história deste país contra os picaretas que querem acabar com o direito do povo trabalhador deste Brasil”, avisou Marco Maia.
Durante o seu pronunciamento, a deputada Erika Kokay (PT-DF) mandou um recado aos golpistas: “Nós vamos resistir. Vamos fazer uma grande mobilização para mostrar que este povo brasileiro tem no seu sangue, o sangue da luta da Margarida Alves, de Zumbi dos Palmares, tem no seu sangue a luta pela construção de um país mais justo e mais igualitário”.
Para os deputados Vicentinho (PT-SP) e Zé Carlos (PT-MA) as propostas do ilegítimo que retiram os direitos dos trabalhadores é mais uma faceta do golpe parlamentar que afastou da Presidência da República Dilma Rousseff, legitimamente eleita.
“As reformas trabalhista e previdenciária significam que o governo está dando continuidade ao golpe parlamentar, cumprindo compromissos firmados com o capital financeiro e com setores da mídia”, afirmou o deputado maranhense. Para ele, as posições precisam ficar bem claras. “Aqui não podemos tergiversar. Ou o deputado está a favor, ou contra o povo”, observou Zé Carlos.
“É impossível alguém imaginar que o golpe era só para tirar a Dilma da sua cadeira. É claro que o golpe teve como objetivo retirar os nossos direitos, a nossa soberania”, lamentou Vicentinho.
No ato, o Fórum Interinstitucional em Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social – entidade promotora do evento, estampou nos seus cartazes: “Vamos todos juntos dizer NÃO à redução de direitos sociais”.
Benildes Rodrigues
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