Petista vê deterioração da economia e desmonte de bancos públicos como resultado do golpe

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O deputado Léo de Brito (PT-AC) denunciou da tribuna da Câmara a deterioração da situação econômica do País, após o golpe parlamentar que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff do poder. O parlamentar ressaltou que até grandes jornais que apoiaram o impeachment já reconhecem que o resultado da turbulência política piorou os indicadores econômicos, como o aumento do desemprego e da queda do PIB. Como outro exemplo do retrocesso em curso, Léo de Brito citou o processo de desmonte de bancos públicos indutores do desenvolvimento do País.

“É claro que toda essa turbulência política começou no final da campanha de 2014, quando o senador Aécio Neves não concordou com o resultado das eleições. Depois, em 2015, com as pautas bombas aqui no Congresso Nacional e com a crise política, e continuou este ano de 2016, com o impeachment. Tudo isso contribuiu sensivelmente para a realidade econômica que estamos vivendo hoje”, explicou.

O parlamentar disse ainda que a política de desmonte defendida pelo governo para bancos públicos pode agravar ainda mais a situação econômica e também social do País. Ele lembrou que nos últimos 13 anos foram os bancos públicos os principais financiadores de programas estruturantes como o Minha Casa, Minha Vida, com financiamentos importantes a setores produtivos, ao Plano Safra, favorecendo os agricultores.

“Nesse momento esses bancos passam por um verdadeiro desmonte no Governo Michel Temer. O Banco do Brasil pretende fechar 402 agências e demitir 18 mil funcionários, e retirar 750 milhões em investimentos e a Caixa quer demitir 11 mil funcionários e fechar 100 agências. Imagine o que isso representa para aquelas pessoas que têm pequenos negócios, por exemplo, que querem esses investimentos”, observou.

Com o desmonte promovido pelo governo Temer, Léo de Brito destaca que os bancos públicos, antes oferecedores de financiamento com taxa de juros reduzidos, hoje já cobram valores acima dos bancos privados.

“Os bancos (públicos), que contribuíram muito fazendo uma regulação dos juros, que é um dos principais problemas hoje da economia brasileira, que antes tinham taxas de juros inferiores em algumas áreas, como a área de financiamento de veículos e também dos créditos rotativos, hoje já estão com taxa de juros superiores aos bancos privados. Então, onde vai parar essa situação dos juros no nosso País? ”, indagou.

Héber Carvalho

Foto: Salu Parente
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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