PT denuncia que o texto da DRU, aprovado no plenário, retira dinheiro da saúde e da educação

afonso florence zeca ribeiro

Com o voto contrário da Bancada do PT, o plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (8), o segundo turno da proposta de emenda à Constituição (PEC 4/15), que trata da Desvinculação de Receitas da União (DRU). A proposta é criticada pelo PT porque, entre outros pontos, eleva de 20% para 30% o percentual que o poder Executivo poderá usar livremente com a arrecadação de impostos e contribuições sociais e econômicas federais. Também, o prazo de prorrogação da DRU passa de 2019 para 2023. A matéria segue para análise do Senado.

O líder da Bancada do PT, deputado Afonso Florence (BA), criticou duramente o texto aprovado que retira dinheiro da educação e da saúde. “Apesar de o texto da DRU ser o mesmo que foi encaminhado ao Congresso pela presidenta eleita Dilma Rousseff, mudou totalmente o ambiente de gestão orçamentária”. Além disso, acrescentou o líder petista, “o governo interino e ilegítimo de Michel Temer já está anunciando que enviará uma PEC ao Congresso estabelecendo como teto para o gasto primário a inflação do ano anterior. Isso significa que o governo vai retirar da Constituição aquela garantia de que vai ter dinheiro para educação e para a seguridade social, para a saúde, para a Previdência e para os programas sociais. É isso o que esse governo golpista está dizendo que vai fazer, tirar o dinheiro da educação e da saúde”, criticou Florence.

 “Então, de forma cifrada, o que o governo, que é interino, que não tem voto, que não submeteu esse programa ao povo brasileiro, está dizendo é que vai continuar sem limite algum para pagar os banqueiros e que vai estipular limite para o gasto com o SUS. É um Governo socialmente irresponsável, é golpista e não tem compromisso social”, enfatizou o líder do PT.

O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), também reiterou que o texto da DRU da forma como foi aprovado coloca em risco as políticas sociais. “A DRU interessa a todos os governos porque é um instrumento de gestão. No entanto, o que está em discussão é exatamente o risco embutido na proposta do ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, que é tabelar o gasto social. Quando isso é tabelado, quando se impõem limites, não há outra alternativa a não ser desvincular recursos da saúde, da educação e dos programas sociais. E essa desvinculação é o que foi aprovado”, lamentou o líder Guimarães.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do PT, alertou que o texto aprovado da DRU “faz parte de um plano de supremacia do capital financeiro com o único objetivo de atender aos interesses deste capital” no País. “Em primeiro lugar, se pretende fazer uma reforma da Previdência ruim para os trabalhadores, e a DRU vai permitir retirar recursos da Previdência Social. Em segundo lugar, vai fazer a contenção de gastos, impedindo que os gastos do governo subam acima da inflação, o que vai permitir a eliminação de diversos programas, e a DRU vai contribuir para isso”.

Finalmente, disse Zarattini, “vão querer fazer corte nas despesas, acabar com as vinculações das despesas da educação e da saúde, e a DRU, do jeito que está, vai contribuir para isso também. E nós do PT vamos lutar contra este projeto”, disse.

Urgências – O plenário aprovou também o regime de urgência para a tramitação de três projetos de lei que criam universidades federais.  Entre eles, o PL 5273/16, que cria a Universidade Federal de Rondonópolis (MT). O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) elogiou a aprovação. “Essa universidade vai cumprir o papel de desenvolvimento estratégico do Mato Grosso, principalmente nas regiões sul e sudeste do estado”.

Ságuas Moraes destacou ainda que a cidade de Rondonópolis é uma das principais exportadoras de grãos do País, além de outros produtos. “Portanto, é uma região que cresce muito rapidamente, que tem se desenvolvido e que tem contribuído fundamentalmente para o desenvolvimento de Mato Grosso”, afirmou.

Outra urgência aprovada pelos deputados é para a tramitação do projeto de lei complementar (PLP 268/16), do Senado, que cria novas regras para escolha e atuação de diretores-executivos e conselheiros de fundos fechados de previdência complementar vinculados a entes públicos e suas empresas, fundações ou autarquias.

Gizele Benitz

Foto: Divulgação

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100