A deputada Erika Kokay (PT-DF) reiterou, em pronunciamento no plenário, que o país vive um processo de “ruptura democrática” ao se referir à tentativa de golpe contra o governo da presidenta Dilma, eleita com 54 milhões de votos.
“Estamos vivendo um processo de ruptura democrática. Tínhamos muitas vozes fascistas, que se expressaram e que se agigantaram durante os anos de ditadura militar neste País. O peso da democracia conteve essas vozes, calou essas vozes. E, agora, com a ruptura democrática, essas vozes, eivadas de ódio, de uma lógica de subalternizar o outro, de impedir que o outro exerça sua própria humanidade, irrompem com uma profunda violência. É o que estamos vivenciando hoje neste País. Se articula um golpe, que teve início nesta Casa em uma sessão que foi um verdadeiro circo dos horrores, presidida por Eduardo Cunha (presidente da Câmara) réu no STF”, disse.
Na avaliação da parlamentar petista, o golpe em curso no país quer impor alguém que tem o repúdio do conjunto do povo brasileiro, porque sabem que Michel Temer governará para uma minoria. E a votação do golpe, acrescentou Erika Kokay, “teve um corrupto dirigindo um processo de cassação de mandato de uma Presidenta que não cometeu crime de responsabilidade. Por isso, é o golpe”.
Gizele Benitz
Foto: Crisvano Queiroz/PT na Câmara