A deputada Ana Perugini (PT-SP), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Implantação do Plano Nacional de Educação (PNE) em São Paulo, defendeu a educação como instrumento de libertação e de redução da desigualdade social no país, durante atividade de formação de lideranças em educação, na noite de segunda-feira (25), em Campinas.
Foi a terceira edição do curso “As 20 metas do PNE”, que aborda as diretrizes para ampliação e melhoria do ensino no país nos próximos dez anos e é promovido pela parlamentar, por meio do Movimento Popular +PNE, criado no ano passado para popularizar o Plano Nacional de Educação nos municípios paulistas. As outras duas formações ocorreram em São Paulo e em Paulínia, cidade da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
“Se não tivermos uma educação com ampla escolarização, com qualidade, encurtando as desigualdades, não há como sustentar um regime democrático. Só a educação é capaz de nos dar condições para que não sejamos manipulados”, afirmou Ana, em discurso para uma plateia formada por alunos de graduação dos cursos de Letras e Pedagogia da Faculdade Politécnica de Campinas (Policamp).
Usando a crise política atual como contexto, Ana Perugini disse que “hoje estamos, de novo, sob um regime de medo, imposto pelos grandes veículos de comunicação e pelas instituições, que são frágeis e falhas no nosso país”, e defendeu o Plano Nacional de Educação como caminho para uma educação que será o “alicerce de emancipação do povo brasileiro”.
Seguindo o raciocínio da parlamentar, o professor e doutor em Educação, César Nunes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que “a educação no Brasil é privilégio de classe, não um direito social” e – detalhando o que preveem as 20 metas – defendeu o PNE como instrumento capaz de mudar esse cenário.
“Pela primeira vez, o PNE propõe que a escola seja direito das crianças, com a aplicação de 10% do PIB [produto interno bruto] em educação”, pontuou o professor, se referindo à meta a ser atingida até 2024 pela União, governos estaduais e municípios, conforme estabelecido pela lei 13.005/2014, que criou o Plano Nacional de Educação.
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