Os deputados Helder Salomão (PT-ES) e Paulão (PT-AL) reafirmaram, da Tribuna da Câmara, que o processo de impeachment é golpe articulado por setores conservadores do país, porque não há crime de responsabilidade contra a presidenta Dilma. Helder criticou a conduta do presidente da Casa, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) e Paulão pediu debate sem agressões nesse processo.
Helder Salomão disse que Eduardo Cunha age de forma tendenciosa para apressar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma e manobra para retardar o processo no Conselho de Ética, que apura denúncia contra ele.
“Entendemos que o que foi feito na Comissão Especial do Impeachment mostra o desejo do presidente Eduardo Cunha, que não tem moral para conduzir esta Casa, de acelerar o processo contra a Presidente, que não cometeu crime de responsabilidade. E Cunha está aqui hoje conduzindo esta Casa de forma absurda, impedindo as investigações contra ele e acelerando as investigações contra os outros. Por isso o nosso repúdio”, destacou Helder Salomão.
Já o deputado Paulão (PT-AL) citou Rui Barbosa para defender que a divergência fique apenas no campo ideológico e que se mantenha a diplomacia no debate colocado para a sociedade brasileira.
“A força do direito deve superar o direito da força. Estou reproduzindo esta frase de Rui Barbosa porque uma postagem nas redes sociais do pastor Silas Malafaia reflete este momento de ódio que ocorre no país. Não quero fazer discussão teológica, mas é muito grave quando um líder religioso ocupa as redes sociais para fazer a seguinte afirmação: Ministro Marco Aurélio, do STF, é um palhaço”, afirmou.
Paulão defende um debate mais qualificado. “É preciso que aprofundemos e tenhamos um debate oposição versus situação, mais qualificado, de nível, não fazendo agressões como estamos destacando aqui em relação a este líder religioso”, reiterou o parlamentar petista.
Gizele Benitz
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