Um ato público realizado na Câmara, nesta quarta-feira (6), denunciou a tentativa de censura política aos servidores da Casa por parte do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em nota divulgada pela diretoria geral da Câmara, também nesta quarta, Eduardo Cunha proibiu a participação de funcionários em manifestações de “apreço ou desapreço” nas dependências do órgão.
Para deputados, servidores e militantes de movimentos sociais que participaram do ato, organizado pela deputada Moema Gramacho (PT-BA) e pelo Comitê Pró-Democracia do Congresso Nacional, a medida é uma “mordaça” que Cunha quer impor a quem não compactua com suas arbitrariedades e manobras para tentar interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff, bem como para aprovar projetos que implicam em retrocessos para os direitos da sociedade brasileira.
O deputado Givaldo Vieira (PT-ES) disse que a atitude de Cunha de cercear a possibilidade dos servidores de expressarem suas opiniões políticas só merece o repúdio dos parlamentares, dos servidores e da sociedade. “Esta é uma casa política e não se pode cercear opiniões das pessoas, nem sequer dos seus funcionários. Eduardo Cunha é o campeão de corrupção no Brasil e jamais poderia estar na presidência da Câmara dos Deputados”, disse Givaldo, que ainda lembrou que Cunha também cerceia a palavra dos parlamentares no plenário.
“A expressão desta Casa é a expressão da liberdade, da pluralidade de ideias, do direito à livre manifestação. Quem censura, quem corrompe, quem mente, quem faz o que está fazendo o presidente desta Casa não nos representa e não representa os princípios da liberdade, da Justiça e da Constituição”, afirmou o deputado Adelmo Leão (PT-MG).
Já o deputado Marcon (PT-RS) mencionou a mentira de Cunha em reunião da CPI da Petrobras quanto à existência de contas bancárias em seu nome no exterior e falou das recorrentes acusações que pesam contra ele. “Em qualquer denúncia de corrupção aparece o nome de Eduardo Cunha, que não têm condições morais de permanecer presidindo a Câmara”, criticou o parlamentar gaúcho.
Por sua vez, o deputado Hélder Salomão (PT-ES) considera a decisão de Cunha “o cúmulo do absurdo” e lembrou que ele emperra o andamento do processo contra si no Conselho de Ética da Câmara. “Eduardo Cunha não tem moral para sequer presidir votação de um simples requerimento, quanto mais para conduzir um processo de impedimento da presidenta da República. Ele trava o processo no Conselho de Ética numa investigação contra ele”, ressaltou Helder.
Rogério Tomaz Jr.
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
Ouça as deputadas Erika Kokay e Moema Gramacho na Rádio PT
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