O deputado Zé Geraldo (PT-PA) ocupou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (2) para defender o projeto de Orçamento para o ano de 2016 que o governo enviou para o Congresso Nacional nesta semana. Ele criticou o estardalhaço que a oposição vem fazendo diante de um cenário realista de receitas e despesas que aponta um déficit primário de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “É bom lembrar que, nos Estados Unidos, o Obama assumiu seu mandato com quase 10% de déficit do PIB. E hoje conseguiu se recuperar”, lembrou o petista.
Zé Geraldo se mostrou confiante e acredita que em pouco tempo o país retomará o desenvolvimento econômico e social. “Vamos manter os programas e, se temos uma obra parada, vamos retomá-la mais adiante. Se não temos o orçamento que queríamos ter este ano, vamos ter no ano que vem ou no outro ano. Vamos diminuindo aqui, buscando acolá, mas vamos encontrar a forma de buscar recursos para melhorar o nosso orçamento, o nosso país”, disse.
Conforme lembrou o deputado, o governo Dilma sempre teve responsabilidade com o futuro e o desenvolvimento do País. Segundo ele, há pouco o Brasil teve momento de superávit e esse déficit orçamentário é momentâneo e não chega à 1% do PIB brasileiro. “O nosso governo não é um governo que mente, que faz maquiagem. O Orçamento é uma coisa séria. O Orçamento é um planejamento”, observou.
A oposição, segundo o parlamentar, vive dizendo que o governo tem que cortar gastos. “Cortar gastos onde? Só sobram 9% do PIB que não são despesas obrigatórias. Desses, 3,5% são do PAC. Vai cortar do PAC? Vai cortar dos programas sociais?”, questionou Zé Geraldo.
O deputado analisou que, se setores oposicionistas estivessem no comando do país, os programas sociais seriam os primeiros itens na lista dos cortes do Orçamento.
“Se o Democratas ou o PSDB estivessem governando, sabem o que eles iriam fazer? Acabariam com o Bolsa Família, com o Luz para Todos, com o Mais Médicos, o PROUNI, o Ciência Sem fronteiras, o Seguro-Defeso, e não haveria R$ 28 bilhões no PRONAF para a agricultura familiar”, sentenciou Zé Geraldo.
Benildes Rodrigues
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