A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher aprovou, na reunião desta terça-feira (7), moção de repúdio aos adesivos de natureza sexista e ofensivos à presidenta Dilma Rousseff. A proposta, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), foi subscrita pelas senadoras Simone Tebet (PMDF-MS), Regina Silva (PT-PI) e Marta Suplicy (Sem Partido-SP), e pelas deputadas Luiziane Lins (PT-CE), Keiko Ota (PSB-SP), Moema Gramacho (PT-BA), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Carmen Zanotto (PPS-SC).
Os adesivos que circulam pelo país têm conteúdo misógeno e incitam a violência de gênero, fazendo apologia ao estupro e à violência sexual. Para Erika, a campanha de difamação contra a presidenta é “grosseira” e não pode ser admitida. As parlamentares consideram inaceitável que, sob o pretexto de uma inofensiva campanha para protestar contra o aumento nos preços dos combustíveis ou por quaisquer outras razões, se recorra a tal nível de agressão.
“Uma democracia pressupõe que as pessoas tenham liberdade de colocar as suas opiniões, mas não podemos admitir este nível de agressão”, afirmou Erika. De acordo com o documento, “não há nada que possa justificar iniciativas do tipo, pois ainda que se defenda a liberdade de expressão como um valor fundamental da Democracia, esta não pode ser usada para a promoção da violência contra a mulher.” A bancada pede urgência na apuração dos fatos e que os culpados pela confecção e circulação dos adesivos sejam responsabilizados.
Em plenário, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) lembrou que a Presidente da República foi agredida “de uma forma inescrupulosa, por meio de uma imagem montada, grotesca, que dá muita vergonha para a gente ver. Sabemos que isso foi feito com ódio”, disse .
Moema repudiou também a forma como a jornalista Maju foi tratada nas redes sociais, de maneira racista, “um preconceito sem igual, gratuito”. E, também, citou a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, agredida nas redes sociais porque se posicionou contrária a alguns internautas com relação à redução da maioridade penal.
Assessoria Parlamentar
Foto: Agência Senado