A presidenta Dilma Rousseff divulgou, por meio de nota oficial, os futuros integrantes da área econômica do seu segundo mandato. O economista Joaquim Levy conduzirá o Ministério da Fazenda, posto ocupado por Guido Mantega e o professor de economia Nelson Barbosa ocupará o Ministério do Planejamento, no lugar de Miriam Belchior. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini permanecerá no cargo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27).
Os novos ministros não tomam posse imediatamente. Os titulares das duas pastas, Mantega e Miriam Belchior permanecem em seus cargos durante o período de transição até a presidenta assumir o novo mandato em 1º de janeiro.
Na nota lida pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, a presidente Dilma agradeceu a dedicação do ministro Guido Mantega a quem ela classificou de o mais “longevo” ministro da Fazenda do período democrático.
“Em seus doze anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população”, diz a nota assinada pela presidenta. Em relação à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, Dilma afirmou que a ministra “conduziu com competência o andamento das obras do PAC e a gestão do Orçamento federal”.
O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS) também ressaltou o papel desempenhado pelo ministro Guido Mantega que, a seu ver, encerra “um longo processo de gestão da economia brasileira altamente vitoriosa”. De acordo com Fontana, quando Mantega assumiu, ele levou o País ao maior nível de emprego já registrado na história brasileira. Segundo o líder do Governo, essa marca histórica é reflexo de um trabalho afinado com o governo do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.
Henrique Fontana recebeu de forma positiva a indicação dos novos integrantes da equipe econômica. Para ele, os indicados, sob o comando da presidenta Dilma, farão um “excelente” trabalho. “A presidenta Dilma acompanhará todo o trabalho da sua equipe, uma vez que ela é a grande coordenadora desse processo. Essa nova equipe responderá às necessidades do Brasil nessa conjuntura atual”, afirmou Henrique Fontana.
Coletiva – Em entrevista coletiva, as duas palavras de ordem do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy foram equilíbrio e avanço social. “O equilíbrio da economia é feito para que a gente possa continuar o avanço social que alcançamos. O equilíbrio existe para que a gente possa ter políticas de maneira sólida e priorização de recursos. O exercício fiscal é um exercício de escolha de prioridades”, afirmou o futuro ministro da Fazenda.
Sobre possíveis medidas econômicas que serão tomadas pela sua pasta, Levy foi categórico: “Sem pacotes, sem surpresas. Eu seria precipitado se desse o receituário agora”, asseverou.
Nessa mesma linha, Nelson Barbosa, futuro ministro do Planejamento disse que “não são contraditórios” o cumprimento das metas e a preparação de medidas para o avanço da economia brasileira. Para ele, cumprir metas não implica em renunciar a conquistas recentes.
Benildes Rodrigues com Agências