Foto: Gustavo Bezerra
Nesta quinta-feira (6), a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) promove uma audiência pública sobre a situação da saúde indígena no Brasil. O encontro foi solicitado pelo deputado Geraldo Resende (PMDB-MS).
Devem participar Antonio Souza, Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde; Antonio Oliveira Apurinã, Coordenador Geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira; Rildo Mendes, Coordenador da ARPINSUL(- Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul) e Ramão Terena, Coordenador da ARPIPAN( Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal).
Na III Conferência Nacional de Saúde Indígena, em 2011, constatou-se precariedade das condições de saúde, com taxas de morbimortalidade muito superiores às da população brasileira em geral. Destacam-se nesse quadro que o perfil epidemiológico dos povos indígenas é marcado por altas taxas de incidência e letalidade por doenças respiratórias, diarréicas, doenças imunopreveníveis, malária e tuberculose, cardiopatia, doenças hemofílicas, doenças renais, câncer e outros.
No Acre, por exemplo, o IBGE divulgou um estudo que mostra que o nível de mortalidade de crianças indígenas é vinte vezes maior que o indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de três mortes para cada mil nascidos vivos.
Quase 50% das mortes são registradas entre menores de cinco anos de idade. As causas mais freqüentes são doenças transmissíveis, principalmente infecção respiratória, parasitose intestinal, malária e desnutrição.
As principais causas dos óbitos na população indígena adulta, em 2003, foram externas, seguidas das doenças do aparelho circulatório, respiratório e as doenças infecciosas e parasitarias.
A CSSF é presidida pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA).
Assessoria CSSF