A democracia venceu, afirmam petistas sobre a tentativa fracassada de golpe na Bolívia

O presidente da Bolívia, Luis Arce, saúda a população em La Paz. A tentativa de golpe foi derrotada! – Foto: Gustavo Ticona/MidiaNinja

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara comemoraram pelas redes sociais tentativa fracassada de golpe contra o governo progressista de Luis Arce, na Bolívia, ocorrido nesta quarta-feira (26). Os petistas elogiaram não somente a postura do presidente boliviano, que confrontou o general golpista já na entrada do Palácio, como a reação do povo boliviano, e de movimentos sociais e sindicais que aderiram aos apelos de Arce em defesa da democracia. Segundo os petistas, da mesma forma como ocorreu no Brasil no dia 8 de janeiro de 2023, a democracia venceu mais uma vez na América Latina.

O líder do PT, deputado Odair Cunha (MG), repudiou em mensagem pelo X (antigo Twitter) a tentativa de golpe na Bolívia e reafirmou seu compromisso com a democracia. “A democracia precisa ser defendida não só no Brasil, como em toda a América Latina. Repudiamos totalmente qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e em qualquer país irmão, e reafirmamos nosso compromisso com os governos democraticamente eleitos. Assim como aconteceu aqui, os golpistas bolivianos fracassaram. E a democracia resiste! ”, afirmou.

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A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) declarou que o “movimento golpista na Bolívia tem de ser repudiado por todas as forças democráticas”. “Solidariedade ao governo constitucional do presidente Luis Arce”, disse.

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Em defesa da democracia

Ao comemorar o fracasso da tentativa de golpe contra Luis Arce, o líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), parabenizou o povo boliviano pela reação em defesa da democracia. “O povo na Bolívia comemora o fracasso do golpe em curso no país. A população saiu às ruas e o mundo reagiu contra essa tentativa antidemocrática. O general que comandou o atentado contra à democracia no país foi demitido e preso”, destacou.

Executor do golpe, o general José Zuñiga havia sido afastado do comando do Exército na última terça-feira (25). Nesta quarta (26), alegando estar “descontente com o rumo do país” e tentou dar um golpe de Estado com apoio de soldados aliados. Após o fracasso da tentativa, foi preso em flagrante e deve ser julgado por este ato.

 

Indisciplina das Forças Armadas

Membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) contextualizou a situação política na Bolívia ao lembrar o caráter golpistas das Forças Armadas daqueles país. Ele explicou que, desde a independência da Bolívia em 1825, já ocorreram 190 tentativas de golpe, sendo que 30 deles consumados.

“Há que se lamentar e condenar, com todas as forças, essa nova tentativa de golpe. Espero que essa situação esteja resolvida, porque os novos comandantes militares, especialmente o do Exército, deu ordem para acabasse a movimentação das tropas. Temos que comemorar o golpe fracasso, mas temos que chamar a atenção para a indisciplina das Forças Armadas da Bolívia, que parecem ser ‘viciadas’ em golpe”, alertou o petista.

Punição aos golpistas

Deputados petistas também destacaram em mensagens pelo X a necessidade de punição severa dos militares golpistas. Ao chamar de “vergonhasa quartelada promovida na Bolívia por um punhado de militares golpistas”, o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) defendeu punição exemplar para todos os envolvidos.

“Parabéns ao presidente Luis Arce pela rápida reação e que todos os envolvidos sejam devidamente processados e punidos pelo Judiciário boliviano. Não aceitamos o 8 de janeiro aqui e não aceitaremos golpe em qualquer país irmão”, escreveu.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) destacou ainda que, após a derrota do golpe, “agora é hora de punir os que atentaram contra a democracia”. “Lá, como aqui, passar o pano significa deixar o ovo da serpente procriar!”, alertou.

Reação popular

Petistas também ressaltaram a importância da reação popular para evitar o golpe de Estado na Bolívia. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) lembrou que isso só foi possível porque “o povo boliviano ouviu o chamado do presidente Arce e do ex-presidente Evo Morales para sair às ruas em defesa da democracia e colocou, literalmente, os militares golpistas para correr”. “Forte exemplo de luta e de resistência para todos nós latino-americanos!”, observou.

Já a deputada Natália Bonavides (PT-RN) destacou que “a tentativa de golpe na Bolívia deve servir de alerta para nós aqui no Brasil”. “O golpismo da direita na América Latina segue vivo e justamente por isso devemos rechaçar qualquer movimento por anistia a golpista!”, pontuou.

Golpismo da extrema-direita

Ao analisar a tentativa de golpe na Bolívia, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) relembrou que sempre as tentativas de golpe na América Latina acontecem contra governos aliados a causas populares. “Governos populares, de esquerda e democráticos são frequentemente vítimas de golpes ou tentativas de golpes na América Latina. Curioso que isso não acontece com os governos de direita ou extrema direita, por piores ou mais corruptos que sejam”, destacou.

Já o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) questionou o sumiço de deputados bolsonaristas que, nesta quarta comemoravam a possibilidade de sucesso do golpe. “Cadê os deputados da extrema-direita? Ontem eram comentaristas eufóricos do golpe na Bolívia, hoje sumiram todos, após o fracasso do golpe. São um bando de covardes insanos”, acusou.

Por sua vez, o deputado Rogério Correia (PT-MG) lembrou que o ocorrido na Bolívia guardou semelhanças com a tentativa de golpe ocorrida em 08 de janeiro de 2023 no Brasil. O petista disse ainda que as consequências para os executores do golpe também precisam ser as mesmas. “Era o que Bolsonaro queria para o Brasil, um golpe contra a democracia e a desmoralização das Forças Armadas. Na Bolívia os golpistas foram expulsos das ruas e estão sendo presos e aqui, o inelegível tem de ter o mesmo destino! ”, afirmou.

Também comemoraram o fracasso da tentativa de golpe na Bolívia e a vitória de democracia nesse País os parlamentares petistas Airton Faleiro (PA), Reginete Bispo (RS), Benedita da Silva (RJ), Rubens Otoni (GO), Washington Quaqua (PT-RJ), Helder Salomão (ES), Valmir Assunção (BA), Nilto Tatto (SP), Bohn Gass (RS), Ana Paula Lima (SC), Luizianne Lins (CE), Carlos Veras (PE), Padre João (MG), Ana Pimentel (MG) e Welter (PR).

 

Héber Carvalho

 

 

 

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