O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) criticou a recente sanção da Lei que cria o programa de escolas cívico-militares pelo governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O parlamentar destacou que o projeto desvia o foco dos reais problemas da educação pública e prioriza uma agenda de militarização que não atende às necessidades dos estudantes.
Na avaliação do parlamentar, a militarização das escolas é um projeto de doutrinação da extrema direita nas escolas. “Esse é mais um projeto descabido da extrema direita bolsonarista. É mais um retrocesso para a educação pública de São Paulo. O governador deveria investir em infraestrutura escolar e na valorização dos professores”, recomendou.
Salário
Zarattini também criticou a disparidade salarial entre os militares que atuarão nas escolas e os professores. Pelo projeto os policiais militares irão receber um adicional de até R$ 6.034,00, valor superior ao piso salarial dos docentes da rede estadual de ensino. “É absurdo que os militares recebam mais do que os professores que se dedicam integralmente a educar nossos estudantes. Os professores são profissionais capacitados que precisam ser mais valorizados pelo governador Tarcísio”, disse.
Violência policial
A votação do projeto que cria o programa de escolas cívico-militares, na Assembleia Legislativa do estado (Alesp), foi marcada por violência policial contra os alunos que se manifestavam contra a proposta. Na USP, estudantes também foram vítimas de repressão policial durante protestos contra o governador Tarcísio de Freitas.
Leia Mais:
Zarattini critica manutenção de veto sobre criminalização de fake news
Educação em São Paulo
Os dados recentes da rede estadual de São Paulo indicam uma queda significativa no desempenho dos alunos em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas. Os dados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) apontam uma redução de 10 pontos em português e dois pontos em matemática na média de aprendizado dos alunos nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), em comparação a 2022.
Portanto, a prioridade do governo do estado deveria ser a valorização dos profissionais da educação e a melhoria das condições estruturais das escolas, garantindo um ambiente de aprendizado e de desenvolvimento para os alunos.
Assista o vídeo:
Assessoria de Comunicação deputado Carlos Zarattini