Em discurso na tribuna da Câmara nesta terça-feira (5/3), o deputado Rogério Correia (PT-MG) adiantou que irá até a Procuradoria-Geral da República para solicitar à PGR que denuncie Jair Bolsonaro o mais rápido possível, pela incitação do ex-presidente à tentativa de golpe de 8 de janeiro do ano passado.
Alguns parlamentares da base democrática na CPMI do Golpe irão, nesta quarta-feira (6/3), à sede da PGR para entregar o relatório da Comissão ao Procurador-geral da República, Paulo Gonet. Entre os nomes que já confirmaram presença na PGR estão a ex-relatora Eliziane Gama (PSD-MA), o deputado Rogério Correia e a senadora Soraya Thronicke (Podemos).
CPMI do Golpe
O relatório já havia sido entregue em novembro de 2023, logo após a conclusão dos trabalhos e aprovação do documento. À época, os resultados da investigação foram recebidos pela procuradora-interina Elizeta Ramos. A intenção dos parlamentares é conversar sobre o andamento das denúncias apresentadas e conferir seus desdobramentos. “É preciso que a PGR aceite as denúncias, as apurações da CPMI do Golpe, as quais já estão comprovadas inclusive pelas investigações da Polícia Federal, que Bolsonaro foi o articulador da tentativa frustrada de golpe em janeiro de 2023”.
Para Rogério Correia não é possível que haja qualquer anistia para todos que organizaram, financiaram e participaram do atentado ao Estado Democrático de Direito. “Além dos julgamentos do STF, que já condenou mais de 80 vândalos pelos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, não podemos permitir anistia aos envolvidos”, discursou o parlamentar.
Indiciamentos
Aprovado por ampla maioria na Comissão, o relatório pediu o indiciamento de 61 pessoas, civis e militares, dentre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 5 de seus ex-ministros, além de ex-assessores, financiadores e executores dos atos antidemocráticos. Os principais crimes elencados são associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
PT na Câmara com assessoria de Comunicação deputado Rogério Correia