CPI: Sindicância não encontrou indícios de propina a funcionários da Petrobras

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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
 
Em depoimento na CPI do Senado que investiga supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, nesta terça-feira (3), o gerente de Segurança Empresarial da Petrobras, Pedro Aramis de Lima Arruda afirmou que a Comissão de Sindicância instituída pela estatal não encontrou indícios de pagamento de propina a funcionários da empresa pela companhia holandesa SMB Offshore.
 
“Com todas as ferramentas que utilizamos (na apuração), não identificamos indícios de que empregados nossos tivessem auferido alguma vantagem de natureza pessoal, seja ela pecuniária ou de favorecimento”, disse Pedro Aramis Arruda que também presidiu a Comissão de Sindicância da Petrobras.
 
Ele disse ainda que ao tomar conhecimento das denúncias de pagamento de propina a seus funcionários, veiculadas pela imprensa, a comissão interna da Petrobras convocou o representante da SBM Offshore no Brasil e, ao mesmo tempo, designou uma equipe para colher mais informações na Holanda, sede da SBM.
 
Ao responder os questionamentos feitos pelo relator da CPI, senador José Pimentel (PT-CE), em relação a Júlio Faerman, um dos envolvidos nas denúncias de suposto suborno, o diretor da Petrobras informou que a comissão de sindicância revelou que  a Petrobras não fez pagamento as empresas do Faerman. Ele informou também que os pagamentos eram feitos para a empresa SBM dentro dos prazos e valores estabelecidos nos contratos. 
 
Contratos – Arruda afirmou que todos os contratos entre a SBM com a Petrobras foram auditados por uma equipe de auditoria interna. Segundo ele, a inspeção apontou que os contratos foram executados de acordo com as normativas internas da Petrobras, segundo a regra de governança da estatal. 
 
Pasadena – A CPI ouviu também nesta terça-feira, o ex-gerente executivo internacional da Petrobras, Luis Carlos Moreira da Silva. Ele reafirmou os argumentos sustentados pelos depoentes que o antecederam, ou seja, de que a compra da refinaria de Pasadena seguiu o que estabelecia, à época, o planejamento estratégico da empresa. Ele frisou que o objetivo da empresa era crescer na área de exploração e refino em diferentes países.  Nesse sentido, completou, a aquisição de Pasadena atingia esse objetivo.
 
 “A decisão foi consequência do Plano Estratégico de 1998, governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, onde a quebra de monopólio previa perda de mercado. A maneira de compensar essa perda era aumentar a atividade no exterior”, relatou Luis Carlos Moreira da Silva.
 
Agenda – A CPI deve ouvir no próximo dia 10, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
 
Benildes Rodrigues
 
 

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