*Paulo Pimenta
Estamos a poucos dias do Natal e do Ano-Novo e chega o momento em que todos fazemos um balanço do que vivemos em 2023 e o que almejamos para 2024. Com o governo não é diferente.
2023 foi um ano intenso, marcado pela reconstrução. Primeiro, da democracia, quando ainda em janeiro, diante da agressão golpista contra as sedes dos Três Poderes, reafirmamos a defesa das instituições, da Constituição e do voto soberano do povo brasileiro.
O ano que termina será lembrado, porém, pela reconstrução das políticas públicas que garantiram anos de proteção e qualidade de vida a milhões de brasileiros e haviam sido abandonadas pela gestão passada.
2023 foi também o ano da retomada dos investimentos dos bancos públicos nos estados e municípios: R$ 56,4 bilhões para ser mais preciso. Mais do que nos quatro anos anteriores. De lançamento do Novo PAC, com R$ 1,7 trilhão para obras de infraestrutura.
Ano de cumprir a promessa de sepultar o teto de gastos e aprovar, com o apoio do Congresso, um novo marco fiscal e de avançarmos na construção de um consenso histórico por uma Reforma Tributária que simplifica impostos e promove um sistema mais justo.
Ano do maior Plano Safra da história, beneficiando agricultores familiares, médio e grandes produtores do agronegócio. Do controle da inflação e da redução das taxas de juros. Do retorno do protagonismo do Brasil no mundo.
Fizemos muito, mas temos a compreensão de que há muito por fazer ainda e que, para darmos os próximos passos com mais segurança, é preciso seguir combatendo a intolerância, o discurso de ódio e a desinformação articulada por grupos interessados em contaminar o debate público e dividir o país.
A melhor forma de combater os que querem o país e as famílias divididas é transformá-lo numa nação mais igualitária, de oportunidades para todos, com mais saúde, educação, segurança, moradia e proteção social. Mais esperança no coração das pessoas.
Nossas diferenças não podem estar acima do direito à vida e ao bem comum. Um país para crescer e partilhar suas riquezas depende do esforço coletivo de toda a sua diversidade, sotaques, culturas e territórios.
Não se trata de despolitizar o debate público, mas de definir as bases de uma política de convivência que promova a capacidade de caminharmos juntos em benefício de todos. E que ninguém se engane. O chamado ao diálogo não é um sinal de fraqueza, mas a fortaleza de quem tem um projeto de país e sonha alto.
As políticas públicas de proteção e inclusão, a democracia e o protagonismo na defesa da paz nos colocam em outro patamar de compromisso com o futuro das próximas gerações.
É com esse espírito que convocamos a todos e todas a se engajarem na campanha que promove o respeito e o reencontro entre as famílias nesse período das festas de fim de ano. Chegou o momento de resgatar valores que nos lembram que somos todos filhos e filhas de uma mesma nação —uma mãe gentil, que cuida e protege cada um de seus filhos.
Mais que uma campanha, esse é o convite a uma ação política. Por uma democracia inclusiva, que reconheça e amplie direitos e garanta um ambiente de debate saudável. Esse não pode ser o compromisso de um governo apenas, mas de todos nós.
Afinal, somos um país de muitas culturas e um só povo.
Paulo Pimenta é ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Publicado originalmente na Folha de S. Paulo