O jornalista Mário Milani, criador da expressão gestual do “L” formado pelo dedo polegar e o indicador, afirmou nesta quarta-feira (9) que o “L” encarna tanto o apoio a Lula, quanto os ideais de liberdade e luta em defesa da democracia e dos direitos sociais do povo brasileiro. Em entrevista durante o lançamento de seu livro “A Voz do Gesto”, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, Mário Milani confessou que não esperava que o símbolo gestual criado para a 1ª campanha de Lula, em 1989, se tornasse um fenômeno em todo o País.
“Eu tinha noção do que poderia acontecer, mas não achava que tomaria essa proporção. Essa coisa se transformou em algo gigante, principalmente após a prisão injusta de Lula, quando o “L” voltou representando a liberdade dele e a luta do povo por uma vida melhor”, explicou.
Segundo Milani, após o período do governo neofascista experimentado pelo Brasil nos últimos anos, o “L” também passou a identificar as pessoas que estavam “ao lado da democracia e da luta contra todas as formas de racismo e preconceitos”.
“Esse gestual se tornou um contraponto ao sinal da arma com as mãos feitas pelo ex-presidente (Jair Bolsonaro). E eu criei a ideia do “L” como um cumprimento, uma saudação e ele acabou se tornando um ritual”, concluiu.
“A Voz do Gesto”
Com prefácio do presidente Lula, o livro “A Voz do Gesto”, da editora Hora Pública, além da história da criação do “L” conta ainda com depoimentos e informações sobre as estratégias de comunicação do PT nas últimas décadas, além de uma análise sobre o poder da linguagem não verbal como veículo de propagação de ideias.
Serviço:
Livro: A Voz do Gesto
Autor: Mário Milani
Editora: Hora Pública
Heber Carvalho