De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 976 escolas públicas têm nomes de presidentes da ditadura militar. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) quer celebrar a resistência da sociedade contra o estado de exceção e mudar esse número. Para isso, criou um site colaborativo para destacar o retrocesso na educação brasileira e lembrar os trabalhadores perseguidos por um regime que cassou direitos individuais, perseguiu, prendeu, torturou, exilou e matou cidadãos e cidadãs, cujos crimes (muitos deles) ainda carecem de elucidação.
A campanha inclui um amplo movimento de mudança de nomes de escolas que homenageiam agentes patrocinadores do golpe militar e os ditadores de plantão. A ideia é propor projetos de iniciativa popular às Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, após a realização de amplo debate com a comunidade escolar, a fim de legitimar o pleito.
O site explica como propor a mudança, incentivando a sociedade a rever as homenagens prestadas aos algozes do povo brasileiro que dão nomes, ainda, a praças, ruas, avenidas, estádios e ginásios esportivos Brasil afora.
Em Salvador, o Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, fundado em 11 de abril de 1972 com o nome do ditador, agora leva o nome do herói baiano morto pela ditadura, passando a chamar-se Colégio Estadual Carlos Marighella. Em 14 de fevereiro deste ano, a instituição de ensino passou por uma mudança de nome, através de uma eleição direta reivindicada pela comunidade escolar.
Site Vermelho Com informações das agências