A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quarta-feira (26) para discutir a importância da preservação da Caatinga. De iniciativa do deputado Fernando Mineiro (PT-RN), o evento celebra o Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril. A audiência está marcada para as 10 horas, no plenário 2. O encontro também será transmitido pelo canal da Câmara no Youtube.
Para o autor do requerimento que viabilizou o debate, o bioma precisa ser mais conhecido e preservado. “Além da relevância ecológica e ambiental, a Caatinga é extremamente relevante do ponto de vista histórico e cultural, uma vez que tem relação direta com a história de ocupação da Região Nordeste, assim como, com o modo de vida do povo que lá vive, em especial, os sertanejos”, afirma Mineiro.
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa 11% do território nacional, apresenta clima semiárido, possui vegetação adaptada para os períodos de seca e grande biodiversidade. A Caatinga abrange todo o estado do Ceará e parte dos estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas.
“Ressalta-se que a Caatinga se insere numa região que há séculos enfrenta um processo de degradação que só tende a se intensificar com os impactos das mudanças climáticas. Muitos dos seus ecossistemas originais já foram alterados, sobretudo por desmatamentos e queimadas, e uma das consequências desses processos é a alteração no ciclo das chuvas, que pode tornar crítico o reabastecimento dos corpos d’água, afetando a irrigação das plantações, o abastecimento humano e a dessedentação dos animais”, alerta o deputado.
Convidados
Foram convidados para o debate:
– O diretor de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Bráulio Dias;
– O diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Alexandre Pires;
– A professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcia Vanusa da Silva;
– A chefe geral da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Coelho de Lima;
– O membro da Coordenação da Articulação Semiárido Brasileiro pelo Estado de Pernambuco (ASA/Caatinga–PE), Paulo Pedro de Carvalho;
– A diretora do Instituto Nacional do Semiárido do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mônica Tejo Cavalcanti;
– O professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Carlos Fonseca; e
– O professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Centro de Ciências Agrárias – Jean Berg Alves da Silva.
Agência Câmara de Notícias