O prefeito de São Leopoldo (RS), Ary Vanazzi (PT), afirmou, nesta terça-feira (14), em entrevista à TvPT (assista abaixo), que o governo Lula representa uma excelente oportunidade para que os municípios recuperem suas economias, gerem emprego e atendam as demandas da população mais pobre.
Vanazzi, que também é presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), explicou que essa oportunidade vem da disposição do governo federal de trabalhar em parceria com as prefeituras na execução das políticas públicas e na escolha das obras que serão realizadas Brasil afora.
“Esse movimento que o Lula está fazendo, do novo pacto federativo, da relação com os prefeitos, criando um conselho que envolve os governadores e as entidades de prefeitos, vai trazer uma dinâmica muito importante e vai reconstruir o país dentro de uma outra base econômica, social e política, ajudando as pessoas que mais precisam”, disse.
Um exemplo claro dessa nova forma de relacionamento foi o lançamento da plataforma Mãos à Obra, nas quais os prefeitos poderão informar as obras que estão paralisadas em suas cidades. Estima-se que existam 14 mil projetos de infraestrutura a serem concluídos no país.
“As 14 mil obras paralisadas no país mostram a destruição que o governo Bolsonaro fez neste país. Lula está lançando uma medida para terminar obras que ele e a Dilma começaram lá trás. São as obras do PAC. Porque o governo Bolsonaro não lançou nenhum programa no Brasil”, explicou Vanazzi, que está em Brasília para a Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos, da qual Lula participa nesta terça-feira.
O prefeito contou, por exemplo, que em São Leopoldo, há duas obras do PAC esperando conclusão, sendo uma delas a de mil casas populares do Minha Casa Minha Vida, iniciadas em 2015. “Este é um momento muito especial porque a retomada de obras traz dinâmica à economia do município, gera empregos, movimenta a economia local e faz o Brasil voltar a uma situação de relação dos municípios com o governo federal e os governos estaduais.”
Sabotagem de Bolsonaro
Vanazzi disse que, no governo Bolsonaro, foi interrompida qualquer relação entre municípios e governo federal. “O que tinha era uma relação dos municípios com os parlamentares para pedir emenda parlamentar. Não tinha programa dentro dos ministérios, era uma vergonha. O povo brasileiro não tem noção do que foram esses quatro anos de desgoverno no país”, testemunhou.
Com a volta de Lula, a busca por soluções se torna possível. “Nós, que somos gestores públicos, precisamos responder as demandas da população na área de saúde, educação, assistência social, infraestrutura. Mas, sem a participação efetiva da União, não tem como resolver problema.”
Ele acrescentou que, além de não ajudar, Jair Bolsonaro atrapalhou a vida dos prefeitos, como no episódio em que retirou os impostos do ICMs de combustíveis e outros produtos e acabou não dando nenhuma compensação para os municípios. “O governo Bolsonaro tirou dinheiro dos municípios, e hoje nós temos dificuldade de colocar as contas em dia”, observou.
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