Entre janeiro e agosto deste ano, o governo Bolsonaro cortou 87% do leite doado às famílias pobres do interior de Minas Gerais e do Nordeste. A maldade atinge as áreas de maior grau de insegurança alimentar no país, onde estão 11 milhões de pessoas.
Conhecido como “programa do leite”, a ação é resultado do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA), que Bolsonaro “rebatizou” de Alimenta Brasil. Em sua origem, o programa definiu como objetivo atender famílias em situação de extrema pobreza.
“Era uma distribuição muito importante para várias famílias que necessitam do poder público. A gente aqui distribuía também às escolas para merenda e ao hospital”, conta Benedito de Paulo Neto, secretário de Agricultura do município de Mucambo (CE), registrou o UOL.
Desumanidade
Parlamentares da Bancada do PT usaram suas redes sociais para criticar a decisão do governo Bolsonaro. A deputada Natália Bonavides (PT-RN) considerou como desumana a atitude do governo. “Bolsonaro mostra mais uma vez seu ódio ao Nordeste cortando 87% das verbas do Programa do Leite. Além de prejudicar as famílias atendidas do Nordeste e de Minas Gerais, onde estão 11 milhões de pessoas passando fome, pequenos produtores também são afetados pelo corte!”, protestou.
DESUMANO! Bolsonaro mostra mais uma vez seu ódio ao Nordeste cortando 87% das verbas do Programa do Leite. Além de prejudicar as famílias atendidas do Nordeste e de Minas Gerais, onde estão 11 milhões de pessoas passando fome, pequenos produtores também são afetados pelo corte!
— Natália Bonavides ❤️🔥 (@natbonavides) October 22, 2022
O deputado José Guimaraes (PT-CE) também usou a palavra “desumano” para descrever a atitude do governo Bolsonaro. “Desumano! Bolsonaro cortou 87% de doação de leite a famílias na miséria no Nordeste e MG. Esse governo patrocina a fome e a miséria. Crueldade sem limites. Basta!!!”, pediu.
E o deputado Padre João (PT-MG) reforçou que “Bolsonaro odeia os pobres”, ao criticar, na sua conta no twitter, o corte de 87% da doação de leite para as famílias pobres do Nordeste e do Norte de Minas Gerais.
LEIA MAIS: Veja como Bolsonaro, em quatro anos, arruinou o futuro das crianças no Brasil
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003, primeiro ano do governo Lula. No âmbito do programa Fome Zero, nasceu com as finalidades básicas de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
Crueldade
A desumanidade do governo Bolsonaro atinge em especial às crianças, prejudicando seu processo de crescimento. O crime contra as crianças se soma ao corte de 97% no orçamento das creches, deixando as crianças a bolacha e suco em pó.
Bolsonaro cortou 87% do leite que é distribuído no Nordeste. Mais uma crueldade e falta de humanidade com quem mais precisa, com quem está passando fome, com quem depende desse leite para alimentar as crianças.#ForaBolsonaro #LulaPresidente
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) October 22, 2022
Segundo o UOL, “a queda fica clara quando vemos o orçamento investido: neste ano, até agosto, foram apenas R$ 7.453.265,22”. O valor é menor, por exemplo – diz a matéria – que o gasto em novembro de 2021, quando foram investidos R$ 13.192.481,34.
LEIA MAIS: Bolsonaro nega reajuste da merenda escolar. Criança não precisa comer?
Além de apoiar famílias pobres, o programa é também importante para pequenos pecuaristas da região. Ao vender sua produção ao governo, os produtores garantem uma renda fixa para sua sobrevivência.
A medida é mais uma demonstração de que para o governo Bolsonaro os pobres são inimigos a serem eliminados, no caso, pela desnutrição. Em quatro anos, Bolsonaro governou para a sua turma e abandou o povo à própria sorte.
Da Redação do PT na Câmara, com PT Nacional