O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) criticou o governo Bolsonaro pelo desmonte do programa de distribuição de cisternas de placas, criado pelo governo de Lula, em 2003, para atender principalmente a população rural. “O programa que chegou a entregar mais de um milhão de cisternas no Semiárido, foi sucateado por Bolsonaro”, lamentou.
Frei Anastácio relatou que desde que deram o golpe em Dilma, o programa foi abandonado. Com Bolsonaro, o desmonte continuou, segundo ele. “Em 2020, foram entregues pouco mais de oito mil cisternas. No ano passado, sob alegação da pandemia, Bolsonaro construiu apenas cerca de três mil cisternas, em todo o Brasil. Este ano, nem se sabe se vai ter alguma entrega. É um governo que não se preocupa com os mais necessitados”, disse.
O parlamentar lembrou que o programa chegou a construir mais de um milhão de cisternas no semiárido brasileiro e foi consagrado mundialmente como exemplo para o planeta. “Em 2009, o programa ganhou o “Prêmio Sementes”, da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado em países em desenvolvimento. Em 2014, o governo do PT entregou 150 mil cisternas”, citou.
Déficit de 350 mil cisternas
O parlamentar relatou que além de cisternas para armazenar água para famílias, o governo do PT levou a tecnologia para as escolas, a partir de 2012. Mas, Bolsonaro também desmontou esse benefício. “Esse programa precisa ser retomado. A cisterna para famílias tem capacidade para armazenar 16 mil litros de água da chuva. Para abastecimento de escolas e criação de animais, a capacidade é de 52 mil litros. Precisamos ter tudo isso de volta”, afirmou.
Segundo informações da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), que gerencia o programa, o déficit de cisternas é de 350 mil unidades. A entidade já chegou a lançar uma campanha para arrecadar recursos, mas não está tendo sucesso. “Esse programa é uma política pública do governo federal e precisa ser retomado”, concluiu.
Assessoria de Comunicação do deputado Frei Anastácio